A cidade de Casablanca, no Marrocos, foi palco neste sábado (10) de uma manifestação em solidariedade a um grupo de voluntárias belgas que foram ameaçadas de morte por utilizar shorts e bermudas.
Na semana, um vídeo circulou com jovens de 15 a 27 anos trabalhando na restauração de uma estrada no povoado de Tazamurt, na província de Tarudant. Um professor primário defendeu no Facebook que as flagradas fossem decapitadas, como lição para estrangeiras que não respeitam a maneira de vestir dos marroquinos.
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O homem acabou sendo identificado e preso, acusado de apologia ao terrorismo.
Hoje, uma manifestação mobilizou dezenas de pessoas, que se reuniram nas proximidades da praia de Ain Diab. A ideia era expressar apoio às belgas. O advogado Mourad Elajouti foi um dos responsáveis pela convocação do ato, que classificou como o envio de uma mensagem.
"As pessoas querem nos impor um pensamento único e extremo. O Marrocos é um país de tolerância e convivência", garantiu o ativista.
Mulheres e homens de diferentes idades protestaram utilizando shorts, bermudas e vestidos, embora alguns participantes preferiram usar roupas longas. A marcha foi apoiada por algumas organizações humanitárias.
"Lembro que, no passado, minha mãe e minha tia usavam minissaias e roupas leves, e isso não causava nenhum problema", lamentou Hakima, de 60 anos, que se juntou a manifestação.