Na quarta-feira (5), o médico Gidikumar Patil, de 42 anos, apelou ao governo indiano para tentar resgatar seus dois animais de estimação que ficaram na Ucrânia: uma onça e uma pantera.
Atualmente em Andhra Pradesh, na Índia, o ortopedista foi forçado a deixar os animais para trás com um fazendeiro local quando saiu de Lugansk, cidade no leste da Ucrânia, foco do conflito entre as tropas de Moscou e de Kiev.
Também conhecido como Jaguar Kumar, um trocadilho com o nome Gidikumar, por causa dos animais de estimação incomuns que possui, Patil diz que a prioridade é salvar a vida dos "gatos preciosos" dele — Yasha, um macho raro de pumapardo, híbrido de leopardo e onça, e Sabrina, uma pantera-negra fêmea.
Como a embaixada indiana em Kiev está impossibilitada de ajudar no resgate, o médico disse que a mensagem para o governo da Índia seria uma forma tentar resolver a “questão”.
“Minha humilde mensagem é para que considerem imediatamente e ajam rapidamente para resolver essa questão com a melhor solução possível, tendo em vista a situação atual exata dos gatos e enfatizando sua segurança imediata”, disse Patil, segundo o jornal indiano The Hindu.
“Meu sentimento de ficar longe dos meus gatos é muito intenso; às vezes depressão, lembranças melancólicas dessas boas memórias e apreensão sobre seu bem-estar e destino em geral”, completou.
A relação de Patil com os animais
Patil adquiriu os dois animais de estimação incomuns em um zoológico na capital ucraniana, Kiev, há cerca de dois anos, e tem se dedicado a eles desde então.
Em seu canal no YouTube, com mais de 62 mil assinantes, o médico transmitiu nos últimos meses atualizações da vida ao lado dos grandes felinos de estimação. Ele conta que seu sonho é receber financiamento suficiente para um projeto de criação para ajudar a proteger as espécies ameaçadas.
Os vídeos ainda salvaram Patil de um ataque russo ocorrido quando saiu de Lugansk, pois, por meio deles, foi possível provar a neutralidade do ortopedista no conflito.
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Para a segurança dos animais de estimação, Patil diz que está aberto a qualquer solução que qualquer país amigo esteja disposto a oferecer — seja mais perto da casa em que mora atualmente, na Ucrânia ocidental, seja em algum lugar na Europa ou na Índia.
“A principal questão é se posso continuar com o acesso autorizado a eles, o que é crucial, pois este é realmente um projeto sério. Não tenho certeza das regras e legislações de vida selvagem na Índia, se elas permitem esse tipo de coisa”, explicou o médico. “Estou bastante esperançoso de que dê certo, mas primeiro eles devem ser movidos com relativa segurança pelos governos, com ação imediata e efetiva."
O médico ainda diz que o conceito fundamental de criar esses "gatos notáveis" é procriar os "híbridos de pantera" por meio de reprodução persistente, até que eles reproduzam o híbrido desejado, talvez o primeiro da espécie, que seria então criado e perpetuado na natureza.
* Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques