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Médicos elevam para 101 o número de mortos pela repressão no Sudão

Sindicato de médicos denunciou que 40 corpos foram retirados do Rio Nilo na terça, por paramilitares leais ao governo, e levados para local desconhecido

Internacional|Da EFE

Vítima das milícias sudanesas é velada no Sudão
Vítima das milícias sudanesas é velada no Sudão Vítima das milícias sudanesas é velada no Sudão

O Comitê Central de Médicos do Sudão, um sindicato vinculado à oposição, elevou nesta quarta-feira (5) para 101 o número de mortos pela repressão violenta das manifestações no Sudão desde a segunda-feira passada.

O sindicato médico afirmou em comunicado que 40 corpos foram retirados ontem do rio Nilo por uma milícia leal ao governo militar, que se somam a outros 61 mortos contabilizados desde segunda-feira.

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"O número de mortos subiu para mais de 100 pessoas", disse à Agência Efe um porta-voz do Comitê Central de Médicos, Mohammed Babakr.

Os médicos acusaram a milícia "yanyauid", leal às autoridades de Cartum, de ter retirado os corpos no rio e de levá-los a um lugar desconhecido.

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O comunicado afirmou que "as milícias do Conselho Transitório continuam matando e aterrorizando pessoas inocentes e indefesas nas ruas e dentro das suas casas em Cartum e em todo o país, o que aumenta o número de mortos e feridos nos hospitais".

O sindicato médico tinha informado anteriormente que 60 pessoas tinham morrido e outras 326 foram hospitalizadas desde o desmantelamento do acampamento opositor na segunda-feira.

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No entanto, o Comitê advertiu que estes dados não são completos devido às restrições impostas pelas forças de segurança ao seu trabalho.

Os militares, que ostentam o poder desde a queda de Omar al Bashir no último dia 11 de abril, invadiram na manhã da segunda-feira o acampamento opositor do centro de Cartum, que era mantido há dois meses e atraía milhares de pessoas todos os dias para protestar contra a junta militar.

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O acampamento, epicentro da revolução que levou à queda de Al Bashir, foi destruído totalmente pelos militares, segundo denunciou a oposição.

Depois do ataque, os militares cortaram tanto a internet como o sinal de todas as emissoras de rádio da capital.

Os manifestantes, por sua vez, colocaram barricadas nas principais avenidas de Cartum e as forças de segurança tentaram desmontá-las em alguns pontos da cidade.

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