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Menos acesso às armas, menos crimes? Especialista americano contesta e provoca com aposta

John Lott, americano especialista em armas, mostra, com exemplos do governo Bolsonaro, que leis mais rígidas sobre armas não significarão menos crimes 

Internacional|Do R7

Um economista norte-americano paga 1.000 dólares (cerca de R$ 5.000) a quem bancar que a política antiarmamentista de Lula, daqui a dois anos, vai diminuir o número de mortes por crimes no Brasil. Nos EUA, nenhum dos acadêmicos provocados por John Lott (um economista que lidera o Centro de Pesquisa de Prevenção ao Crime — CPRC) aceitou a proposta. Alguns, mais precavidos, querem que os termos sejam mais claros. Mas Lott tem certeza de que leis mais rígidas sobre armas não significarão menos crimes e adota o Brasil do governo Bolsonaro como exemplo.

Um fato é que durante o governo Bolsonaro houve queda da criminalidade, juntamente com a liberação da compra de armamentos
Um fato é que durante o governo Bolsonaro houve queda da criminalidade, juntamente com a liberação da compra de armamentos Um fato é que durante o governo Bolsonaro houve queda da criminalidade, juntamente com a liberação da compra de armamentos

Um fato é que durante o governo Bolsonaro houve queda da criminalidade, juntamente com a liberação da compra de armamentos. Enquanto a posse de armas aumentou seis vezes, a taxa de homicídios no Brasil caiu 19% em 2019, em comparação com o ano anterior, com 41.635 assassinatos — a menor taxa em mais de uma década. Em 2022, o número de homicídios caiu ainda mais, para 40.824 no país.

Isoladamente, são números e fatos. Mas Lott tem convicção de que criminalidade e armamentismo não têm relação direta. E, segundo a Fox News, desafiou pessoalmente 12 colegas acadêmicos. Sete dos 12 pesquisadores não responderam à oferta, enquanto os outros cinco não aceitaram a aposta.

O chefe do CPRC acrescentou que antes de Bolsonaro assumir o cargo, em 2018, “a taxa de homicídios era de 27,8 por 100 mil pessoas — 5,5 vezes maior que a taxa dos EUA” antes de cair para 18,5 em 2021 — uma taxa que o país não via desde o início dos anos 1990.

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Das poucas respostas que o economista recebeu, todas foram unânimes em dizer que era impossível fazer essa correlação entre leis duras sobre posse de armas e criminalidade, pois são inúmeros os fatores que incidem sobre o resultado final em homicídio, seja qual for o país analisado.

Lott lembrou que o Reino Unido tinha taxas de homicídio muito mais baixas do que os EUA antes de terem qualquer lei de controle de armas. Assim que veio a proibição de armas de fogo, em 1997, as taxas britânicas aumentaram, em comparação às dos EUA.

Um dos desafiados, David Hemenway, da Universidade Harvard, disse que a proposta de Lott era um "golpe bobo". Os homicídios, no Brasil, segundo o professor, são afetados por "dezenas de fatores", como "economia, tréguas entre organizações criminosas, taxas de contrabando de armas e eficácia da polícia na aplicação da lei".

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