Milei escolhe Patricia Bullrich, sua adversária no primeiro turno, para ser ministra da Segurança
Presidente eleito recebeu o apoio da rival na disputa do segundo turno contra o atual ministro da Economia Sergio Massa
Internacional|Do R7, com AFP
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, escolheu como ministra da Segurança Patricia Bullrich, sua rival no primeiro turno da corrida presidencial em outubro. Ela garantiu um apoio crucial para a vitória no segundo turno contra o atual ministro da Economia Sergio Massa.
O anúncio foi confirmado, nesta sexta-feira (1º), em comunicado divulgado pelo escritório do presidente eleito.
"Me comprometi com cada um de vocês a alcançar a mudança profunda que a sociedade nos exige, e travarei essa batalha do lugar que me cabe hoje", reagiu Bullrich em sua conta no X (ex-Twitter).
"A Argentina precisa de ordem. Seremos implacáveis contra o crime e travaremos uma luta sem tréguas contra o narcotráfico. É simples: quem faz, paga", destacou.
Líder da coalizão Juntos pela Mudança, Bullrich ficou em terceiro no primeiro turno presidencial, com 24% dos votos. Massa, liderou a eleição (36%), e Milei ficou em segundo (30%).
Após a derrota, a ex-candidata decidiu apoiar Milei por conta própria, já que havia fortes disputas dentro do partido.
Mile venceu o segundo turno em 19 de novembro de forma contundente, obtendo 55% dos votos contra 44% de Massa.
A posse do presidente eleito está marcada para o dia 10 de dezembro.
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Bullrich, de 67 anos, já havia sido ministra da Segurança durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019) e ministra do Trabalho no governo de Fernando de la Rúa (1999-2001).
Bullrich militou na Juventude Peronista nos tumultuados anos 1970, durante a atividade da guerrilha Montoneros, e viveu alguns anos no exílio entre 1976 e 1983, na ditadura.
A história de sua família se entrelaça com a da Argentina. Seu bisavô, Honorio Pueyrredón, foi um destacado líder radical (social-democrata), e os Bullrich tiveram o leilão de gado mais importante de Buenos Aires no século 19. Seu cunhado, Rodolfo Galimberti, foi um importante líder dos Montoneros.