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Milhares de venezuelanos esperam para entrar em território peruano

Eles fogem da crise na Venezuela e tentam entrar antes do prazo final dado pelo governo do Peru para adquirir residência no país

Internacional|Do R7

Peru também passou a exigir passaportes
Peru também passou a exigir passaportes

Pelo menos 6 mil venezuelanos fizeram fila na fronteira com o Peru nesta terça-feira, na esperança de entrar no país antes de um prazo final para adquirir residência, e outros 4 mil são esperados nos próximos dois dias, afirmou o gabinete do defensor público do Peru.

México está perto de ser palco de crise igual à da Venezuela

O Peru foi um dos primeiros países a oferecer documentos de residência temporária a venezuelanos que estão deixando seu país atingido pela crise e atravessando a fronteira para Colômbia e Equador até chegar ao Peru. 

Como o número de venezuelanos no Peru já chega a quase meio milhão, o governo adiantou o prazo final para a concessão de residência do final do ano para o final do mês de outubro. Imigrantes venezuelanos terão de entrar no país até quarta-feira para que sejam considerados elegíveis a receberem os documentos que permitem moradia, trabalho e estudos legalmente no país.


O Peru também passou a exigir passaportes para a entrada no país. 

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Com a chegada do prazo final, um número crescente de venezuelanos tem lotado a fronteira do Peru com o Equador, segundo Abel Chiroque, diretor do gabinete do defensor público na cidade fronteiriça de Tumbes. 


"A demanda por serviços é esmagadora (...) a capacidade de atendê-los entrou em colapso", disse Chiroque por telefone, descrevendo os imigrantes que estão na fila por quase 24 horas. "A situação é preocupante". 

Chiroque disse que pediu que o governo distribua senhas para os venezuelanos na fila quando o prazo acabar, para que eles possam pedir documentos de residência posteriormente. 


A agência peruana de imigração não respondeu imediatamente aos pedidos para comentários. 

Desde que a economia da Venezuela, grande exportadora de petróleo, afundou em uma crise sob o comando do presidente Nicolás Maduro, cerca de 1,9 milhão de venezuelanos emigraram desde 2015, de acordo com a Organização das Nações Unidas. Cerca de 90 por cento dos que saíram mais recentemente continuam na América do Sul, segundo a ONU. 

O êxodo aumentou a demanda dos serviços sociais e provocou preocupações sobre crimes e empregos nos países que tem recebido os venezuelanos. Muitos imigrantes estão enfrentando discriminação e leis restritivas à imigração. 

Veja a galeria: A pé, venezuelanos pobres buscam vida melhor na América do Sul

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