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Milhares protestam na Espanha contra anistia aos separatistas catalães

Cidadãos de várias partes do país foram à capital mostrar posição oposta aos planos de Pedro Sánchez, o primeiro-ministro interino 

Internacional|Do R7

Manifestação contra anistia a separatistas catalães
Manifestação contra anistia a separatistas catalães

Milhares de espanhóis tomaram as ruas de Madri neste domingo (24) em protesto contra os possíveis planos do primeiro-ministro interino Pedro Sánchez de conceder anistia aos separatistas catalães. Ele estaria disposto a tomar essa medida a fim de permanecer no cargo, após uma eleição que não venceu. Partidários do PP (Partido Popular, a oposição conservadora) de todo o país foram à capital participar de um comício.

As autoridades estimam em 40 mil o número de participantes, que agitavam bandeiras espanholas e gritavam palavras de ordem. 

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Sanchez ficou em segundo lugar nas eleições de julho e poderá permanecer no cargo se conseguir o apoio do exilado ex-líder catalão Carles Puigdemont, cujo partido, o Junts per Catalunya, controla sete cadeiras no Parlamento.

Como condição para dar seu apoio, Puigdemont, que tem um mandado de busca e apreensão na Espanha, por ter tentado separar a região da Espanha, exigiu que fossem retiradas as ações legais contra seus colegas separatistas.


Eles organizaram, em 2017, um referendo de independência na Catalunha, que foi considerado ilegal em diversas decisões judiciais.

Alberto Núñez Feijóo, líder do PP, o partido mais votado em 23 de julho, disse que nunca cederia às exigências de anistia para os separatistas.


Para ele, retirar os processos criminais contra os opositores seria o mesmo que conceder anistia aos "golpistas", disse aos apoiadores, no comício em Madri.

Gregorio Castañeda, um aposentado de 72 anos, viajou de Santander para mostrar sua oposição a qualquer anistia. "Não sou a favor do governo que temos. Para mim, isso é um desastre porque vai dividir totalmente a Espanha", opinou.

Sanchez realizou um comício político em Gavà, perto de Barcelona, a capital regional da Catalunha, também neste domingo. Ele não mencionou uma anistia, mas disse que os socialistas querem sanar as divisões sociais sobre a crise catalã. "Estamos tentando virar a página", disse aos apoiadores.

Em 2021, o primeiro-ministro interino concedeu perdão a nove separatistas presos por seu papel na campanha pela independência.

Feijóo, do PP, enfrentará em 27 de setembro a primeira votação para se tornar primeiro-ministro, mas suas chances de vitória são pequenas, pois seu partido se opõe a quaisquer concessões aos separatistas. Se ele fracassar, Sánchez terá a chance de tentar reunir apoio.

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