Militares chilenos são condenados pelo assassinato de Victor Jara
Oito militares da reserva foram sentenciados a 15 anos e 1 dia de prisão pelo assassinato do cantor durante a ditadura no Chile
Internacional|Do R7
Oito militares chilenos da reserva foram sentenciados a 15 anos de prisão nesta terça-feira (3) pelo assassinato do popular cantor Victor Jara durante o golpe de 1973 que colocou o falecido ditador Augusto Pinochet no poder.
Um juiz apresentou as sentenças após um longo inquérito sobre a morte de Jara há 45 anos, no dia 16 de setembro, informou a autoridade judiciária do Chile em comunicado.
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Miguel Vázquez sentenciou os oito homens a 15 anos e um dia de prisão pelo assassinato de Jara e do ex-diretor prisional Littre Quiroga Carvajal.
Um nono suspeito foi sentenciado a cinco anos por seu papel no acobertamento dos assassinatos.
Jara, na época com 40 anos, era um conhecido cantor, diretor teatral e professor universitário que simpatizava com o governo socialista de Salvador Allende, que foi deposto no golpe de 1973.
O trabalho de Jara e a natureza da sua morte inspiraram tributos de artistas incluindo Bruce Springsteen, The Clash e U2.
Ele foi detido junto a alunos, colegas acadêmicos e diversos outros simpatizantes da esquerda em um estádio de futebol no Chile, que desde então foi renomeado em sua homenagem.
De acordo com detidos no estádio que sobreviveram, as mãos de Jara foram esmagadas com o cano de uma arma e ele foi duramente espancado durante seu encarceramento.
Quando seu corpo foi descoberto três dias após seu desaparecimento, próximo a um cemitério, ele possuía 44 buracos de tiros.