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Militares da Bolívia anunciam plano de ação e oposição convoca 'vigílias'

Forças Armadas anunciaram que enviarão unidades para as ruas para garantir estabilidade e devem contar com apoio de grupo anti-Evo Morales

Internacional|Cristina Charão, do R7

Policiais prendem apoiador de Evo Morales, que apanhou de defensores da oposição
Policiais prendem apoiador de Evo Morales, que apanhou de defensores da oposição

As Forças Armadas da Bolívia anunciaram um plano de ação que coloca unidades militares nas ruas para combater os distúrbios que se acirraram após o anúncio da renúncia de Evo Morales no domingo (10).

Ao mesmo tempo, um dos principais grupos de oposição, o Conade (Comitê Nacional em Defesa da Democracia) fez uma convocação para que civis realizem "vigílias nos bairros" para fazer frente a supostos ataques de apoiadores de Morales.

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O chamado Plano Sebastián Pagador foi anunciado em nota na tarde desta segunda-feira (11).


A saída dos militares para as ruas com o objetivo de "garantir a estabilidade" é mais um elemento na participação dos militares no golpe que levou à renúncia de Morales, que ocorreu logo depois de os comandos das Forças Armadas e da Polícia Nacional pedirem sua saída do governo.

Confrontos em El Alto e La Paz


Vídeos divulgados pelas redes sociais mostram que as forças policiais já atuam contra movimentos pró-Evo, especialmente em El Alto. A segunda maior cidade da Bolívia e vizinha de La Paz é um reduto do MAS, partido de Morales, e concentra comunidades empobrecidas, boa parte delas de origem indígena.

Piquetes também foram registrados na zona sul da capital, La Paz. Durante a noite, ônibus foram queimados. Residências de figuras ligadas à oposição também foram alvo de ataques.


Com o aumento dos protestos e o acirramento da repressão, começam a ser registrados os primeiros números da violência. Jornais locais contavam, na tarde de segunda-feira, pelo menos 20 feridos.

Há denúncias de que policiais estejam usando munição letal contra civis.

Grupo convoca 'vigílias cívicas'

Mais cedo, um porta-voz do Conade leu um comunicado à imprensa em que considera os atos da noite de domingo como "terroristas".

O texto, cuja leitura foi transmitida ao vivo pelas TVs bolivianas, convoca "a formaça de grupos de vizinhos que estejam 24 horas prontos para cooperar com as forças da ordem e dar segurança a nossos lares".

O líder do Comitê Pró Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, também tem feito convocações à população para que colabore com as forças de segurança. Em post no Twitter, Camacho diz que o comitê está "coordenado com a Polícia Departamental [estadual]" para garantir a segurança de todos.

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