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Militares da China e Índia conversam em meio a tensões

De acordo com protocolos observados há tempos, os militares evitam o disparo de arma. O último confronto fatal na divisa ocorreu em 1967

Internacional|Do R7

Manifestantes ateiam fogo na foto do presidente da China, Xi Jinping, em Nova Délhi
Manifestantes ateiam fogo na foto do presidente da China, Xi Jinping, em Nova Délhi

Comandantes militares indianos e chineses conversaram nesta segunda-feira (22) para apaziguar as tensões na fronteira contestada entre os dois países, mas na Índia aumentou a pressão pública por uma resposta militar e econômica à China na esteira do pior confronto em mais de cinco décadas.

Uma fonte do governo indiano disse que comandantes dos dois lados se encontraram em Moldo, do lado chinês da Linha de Controle Efetivo, a fronteira de fato entre a região indiana de Ladakh e a região chinesa de Aksai Chin, no oeste dos Himalaias.

Militares de patente mais baixa haviam participado da primeira conversa na quinta-feira. No dia 15 de junho, soldados se enfrentaram com pedras, barras de metal e porretes de madeira.

Embora culpando um ao outro pelo derramamento de sangue, os dois governos buscam evitar uma escalada que poderia desencadear novos conflitos entre os dois países detentores de armas nucleares.


De acordo com protocolos observados há tempos, os militares evitam o disparo de armas, e o último confronto fatal na divisa em disputa havia ocorrido em 1967.

O Ministério das Relações Exteriores da Índia, porém, descreveu o embate que deixou 20 soldados indianos mortos e ao menos 76 feridos como uma "ação premeditada e planejada" da China.


De sua parte, a China acusa tropas indianas de violarem um acordo militar e de provocarem e atacarem seus soldados no Vale de Galwan, em Ladakh. A China não revelou quantas baixas sofreu, mas um ministro indiano disse que cerca de 40 soldados chineses podem ter morrido.

Chocados e revoltados com a morte dos soldados, indianos vêm pedindo que o governo nacionalista do primeiro-ministro, Narendra Modi, mostre que a Índia não será maltratada, lembrando amargamente da humilhação sofrida pelo país em uma guerra com a China em 1962.


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Membros de uma organização comercial indiana fizeram uma fogueira com produtos chineses em um bazar de Nova Délhi, pressionando por um boicote de âmbito nacional a mercadorias da China.

A Confederação de Comerciantes da Índia, que representa cerca de 70 milhões de comerciantes, pediu aos governos federal e estadual que apoiem um boicote a produtos chineses e cancelem contratos concedidos a empresas da China.

A China é a segunda maior parceira comercial da Índia, com quem teve um comércio bilateral de 87 bilhões de dólares no ano fiscal encerrado em março de 2019 e um déficit de 53,57 bilhões de dólares a favor de Pequim, seu maior com qualquer país.

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