Ministro francês pede que Trump não se meta em assuntos de Paris
Presidente norte-americano aproveitou os protestos dos 'coletes amarelos' para criticar acordo climático e governo de Emmanuel Macron
Internacional|Carolina Vilela, do R7* com Reuters
O ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, afirmou neste domingo (9) que Donald Trump não deve interferir em assuntos franceses, após o presidente norte-americano ter criticado o país por conta dos tumultos em Paris em sua conta oficial no Twitter.
“Eu digo para Donald Trump, e o presidente da República (Emmanuel Macron) também diz: nós não participamos dos debates americanos, nos deixe viver nossa vida em nosso país”, disse Le Drian em uma entrevista para a televisão LCI, da França.
Trump aproveitou os protestos que aconteceram neste sábado(8) em Paris para fazer críticas à postura do governo de Macron e ao Acordo de Paris em sua conta no Twitter.
"O Acordo de Paris não está funcionando tão bem para Paris. Protestos e tumultos por toda França. As pessoas não querem pagar grandes somas de dinheiro a fim de, talvez, proteger o meio ambiente. Cantam 'Nós queremos Trump!'. Eu amo a França", afirmou Trump em tweet.
Le Drian afirmou durante a entrevista que "os coletes amarelos não protestaram em inglês" e que as imagens divulgadas pelos Estados Unidos, com pessoas cantando “nós queremos Trump”, foram gravadas durante uma visita do presidente norte-americano a Londres há alguns meses.
Em outro tweet, Trump afirmou que "talvez seja hora de acabar com o ridículo e extremamente caro Acordo de Paris e devolver o dinheiro para as pessoas na forma de impostos mais baixos" e também disse que "os EUA estavam muito à frente dessa curva e é o único país importante em que as emissões caíram no ano passado".
Nos últimos meses, Trump publicou uma série de tweets criticando as políticas climáticas e de defesa da Macron, bem como o baixo índice de aprovação da Macron. Em resposta, o ministro francês afirmou que a maioria dos americanos discordou de Trump sobre a decisão de abandonar o acordo climático de Paris em 2015.
França contabiliza estragos após protestos dos "coletes amarelos"
*Estagiária do R7 sob supervisão de Ana Luísa Vieira