O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, afirmou neste domingo (5) que o país deve realocar a embaixada que tinha em Cabul, no Afeganistão, para Doha, no Catar. O assunto já estava sendo debatido com membros do governo e também hoje foi discutido com o emir Tamim bin Hamad bin Khalifa Al Thani.
O chanceler está desde a sexta-feira (3) fazendo uma série de visitas diplomáticas a países fronteiriços do Afeganistão. Neste domingo (5), a etapa no Catar prevê reuniões com diversos líderes nacionais, mas ele participou também, de maneira remota, do Fórum Ambrosetti que ocorre em Cernobbio.
"O que estamos fazendo agora como governo é colaborar com os países de fronteira perante o risco do terrorismo e para dar apoio aos deslocados que, por exemplo, estão reenchendo os campos de refugiados. Nós temos a vontade de construir algo maior entre as Inteligências para evitar que entre os refugiados haja ameaças terroristas", disse aos participantes do encontro.
Di Maio ainda ressaltou que há cerca de 30 italianos no território afegão, que trabalham em parceria com ONGs e com as agências das Nações Unidas. "Precisamos ficar orgulhosos das mulheres e homens da defesa e da inteligência que trabalharam para salvar mais de cinco mil afegãos, fazendo com que a Itália se tornasse o primeiro país da UE em número de afegãos ajudados", acrescentou.
Entre a sexta e o sábado (4), Di Maio foi para o Uzbequistão e o Tajiquistão e, após a visita em Doha, o chanceler seguirá para o Paquistão nesta segunda-feira (6).