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Montanhista é acusado de abandonar namorada à morte em pico mais alto da Áustria

Promotores afirmam que alpinista experiente deixou a companheira sem proteção em condições extremas durante ascensão ao Grossglockner

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Um montanhista austríaco é acusado de homicídio culposo grave ao abandonar a namorada durante escalada no Grossglockner.
  • A mulher, de 33 anos, morreu de hipotermia após ser deixada exposta ao frio intenso.
  • O acusado, de 36 anos, não tomou medidas de proteção e buscou ajuda apenas depois que a namorada demonstrou exaustão.
  • A Justiça austríaca investiga a responsabilidade criminal do alpinista pela morte da companheira.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Imagens capturadas por uma webcam mostraram o casal se aproximando do pico da montanha Grossglockner, na Áustria, em janeiro foto-webcam.eu

Um experiente montanhista austríaco foi acusado de homicídio culposo grave por supostamente abandonar a namorada durante uma escalada no Grossglockner, o ponto mais alto da Áustria.

A investigação aponta que o homem, que não teve o nome divulgado, teria deixado a companheira, de 33 anos, exposta ao frio extremo a poucos metros do cume, resultando em sua morte por hipotermia.


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A tragédia ocorreu em janeiro, quando o casal iniciou uma subida noturna à montanha. Segundo o site Heute, imagens registradas por uma webcam instalada na região mostraram claramente as luzes das lanternas dos dois durante a subida. Os registros indicam que eles se aproximavam do topo por volta das 2h da manhã do dia 19, quando a mulher começou a demonstrar sinais de exaustão e incapacidade de seguir adiante.


De acordo com os promotores, o namorado, de 36 anos e considerado muito mais experiente em turismo alpino, não tomou medidas básicas de proteção antes de partir em busca de ajuda. Ele não teria abrigado a namorada do vento gelado nem utilizado cobertores térmicos de alumínio para protegê-la das temperaturas negativas, que chegavam a aproximadamente –8 °C, com rajadas de vento de até 72 km/h.


A investigação conclui que, por ter planejado a rota e possuir amplo conhecimento em escaladas de alta altitude, o acusado atuava de fato como guia da namorada — que nunca havia participado de uma expedição tão longa e difícil, especialmente em condições de inverno severo. Para os promotores, ele tinha o dever de avaliar os riscos e de assegurar a proteção da parceira durante todo o trajeto.


O corpo da vítima foi encontrado cerca de 50 metros abaixo da cruz que marca o cume do Grossglockner. Equipes de resgate, que aparecem em imagens diurnas da mesma webcam, chegaram ao local horas depois, já sem possibilidade de reanimação. Segundo a acusação, o namorado chegou a contatar os socorristas às 3h30, mas tornou-se inalcançável logo em seguida por ter colocado o celular no silencioso.

As autoridades destacaram ainda que a decisão de realizar a travessia pela rota Studlgrat em pleno inverno representava risco elevado, especialmente para uma pessoa sem experiência prévia nesse tipo de ambiente. A omissão do montanhista, afirmam os promotores, configurou negligência grave diante das condições extremas.

O acusado foi formalmente denunciado por homicídio culposo grave na quinta-feira (4). O caso segue sob análise da Justiça austríaca, que avaliará a responsabilidade criminal do alpinista pela morte da namorada durante a expedição fatal.

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