Morte de jornalista afeta ações culturais da Arábia Saudita
Dinheiro da Arábia Saudita que viria para museus e instituições americanas não será mais utilizado, organizadores buscam outras fontes de recursos
Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7, com agências
O desaparecimento do jornalista saudita Jamal Khashoggi, cuja morte foi confirmada pela TV estatal da Arábia Saudita nesta sexta-feria (19), já está causando reações contrárias de instituições americanas à Arábia Saudita.
O dinheiro saudita utilizado para programas de arte sobre o Oriente Médio não será mais usado pelas instituições americanas The Metropolitam Museum of Art e o Brooklyn Museum, ambos em Nova York, segundo informou o The New York Times.
As instituições não cancelaram os projetos, mas buscarão outras fontes de recursos para uma exposição de três meses sobre refugiados, no Brooklin Museum, e um seminário na Escola de Arte e Educação Árabe que tem um ano de duração, de acordo com o New York Times.
A morte do jornalista, atribuída pela Arábia Saudita a uma briga no consulado saudita em Istambul, coloca o país árabe sob pressão mundial.
A critica gira em torno do caráter repressor do governo conduzido pelo príncipe Mohammed Bin Salman, que, em 2017, tentou passar uma imagem de modernidade ao país, controlado por uma família e sob um regime ditatorial.
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Khashoggi havia deixado a Arábia Saudita em junho 2017 temendo ser preso pelo regime do qual era crítico. Passou a morar nos Estados Unidos, mas costumava ir a Istambul com sua noiva Hatice Cengiz, de origem turca, a mesma do jornalista.
Ele foi ao consulado saudita em Istambul, no último dia 2, para retirar um comprovante do seu divórcio e assim poder casar-se com Hatice, que o esperava do lado de fora. Não foi encontrado desde então.