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Vingança e encenação: as teorias sobre a morte do líder do grupo Wagner

Membros da organização mercenária dizem que a aeronave foi abatida para assassinar Yevgeny Prigozhin

Internacional|Do R7, com AFP

Causas da queda do avião que matou o líder do grupo Wagner ainda estão sendo investigadas
Causas da queda do avião que matou o líder do grupo Wagner ainda estão sendo investigadas

As circunstâncias da morte do líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, permanecem indefinidas, mas especialistas apontam para uma possível vingança do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

As redes sociais russas próximas da oposição ou ligadas ao grupo Wagner concordaram com as primeiras análises dos centros de pesquisa ocidentais, para quem a vida do líder da organização mercenária estava por um fio desde o motim de 23 de junho.

"Não importa as razões pelas quais o avião caiu, o mundo inteiro verá um ato de vingança e retaliação. O Kremlin não vai contestar essa visão", disse Tatiana Stanovaya, fundadora da consultoria R. Politik.

As autoridades russas ainda não divulgaram nenhuma informação sobre as possíveis causas da queda da aeronave. Uma investigação foi aberta por violação das regras de segurança aérea. 


Por enquanto, nem o Kremlin nem o Ministério da Defesa divulgaram um posicionamento sobre o acidente.

Membros do grupo Wagner apontam o disparo de mísseis terra-ar S-300 como a principal causa, mas não há indícios para comprovar essa teoria.


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"Traços brancos no céu característicos da defesa antiaérea", publicou o grupo Wagner no Telegram. Os membros da organização mercenária divulgaram um vídeo caseiro como prova do que teria ocorrido antes da queda da aeronave, mas não há confirmação sobre a origem da gravação.

Outras imagens que contribuem para essa versão da história mostram a queda do avião em espiral, o que indicaria que ele foi abatido durante o voo.


A diretora de redação do grupo de comunicação ET, Margarita Sansimoniano, também acredita na versão de que Prigozhin tenha sido assassinado e descartou a hipótese de que o mercenário mais conhecido do planeta teria orquestrado o seu desaparecimento.

"Entre as pistas debatidas, está a da encenação. Pessoalmente, inclino-me para a [pista] mais óbvia", escreveu.

Histórico de eliminação de opositores

Os observadores têm vários argumentos para acusar Putin: a sua raiva após o motim de Wagner; o seu histórico de eliminação de opositores; e o endurecimento do regime desde o início da invasão da Ucrânia.

"Se a Rússia fosse um Estado normal, a rebelião teria levado a um julgamento [...]. Apesar do que possamos pensar de Prigozhin, não é razoável matar alguém sem julgamento, especialmente quando ele não está escondido", publicou Khodorkovsky no Twitter.

Samuel Ramani, especialista do instituto britânico Rusi, lembra que "Alexander Litvinenko e Anna Politkovskaya criticaram a guerra na Chechênia no início dos anos 2000 e foram assassinados em 2006".

"Putin costuma se vingar tarde. A morte de Prigozhin ocorreu muito mais cedo do que o habitual", acrescentou.

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