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MP da Bolívia ordena prisão de ex-presidente interina e ministros

Jeanine Añez, que governou o país após a saída de Evo Morales, é acusada de sedição e terrorismo e alega perseguição política

Internacional|Da AFP

Jeanine Añez ocupou interinamente a presidência após a saída de Evo Morales
Jeanine Añez ocupou interinamente a presidência após a saída de Evo Morales Jeanine Añez ocupou interinamente a presidência após a saída de Evo Morales

O Ministério Público da Bolívia emitiu nesta sexta-feira (12) um mandado de prisão contra a ex-presidente Jeanine Áñez e vários de seus ministros por sedição e terrorismo. A televisão local transmitiu imagens da detenção de dois ministros de Áñez: Alvaro Coimbra, do Ministério da Justiça, e Rodrigo Guzmán, do Ministério de Energia.

Leia também: Operação da Interpol resulta em prisões no Brasil e 7 países

Áñez postou no Twitter a resolução emitida pelo promotor Alcides Mejillones junto com o texto "a perseguição política já começou".

A ex-legisladora do partido governista, Lidia Patty, denunciou em dezembro passado que o líder civil da região de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, Áñez, vários de seus ex-ministros, ex-militares, ex-policiais e civis haviam promovido a derrubada do esquerdista Morales em novembro de 2019, após 14 anos no poder.

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A ex-deputada do MAS apresentou queixa pelos supostos crimes de sedição, terrorismo e conspiração.

Opositores acusam governo

Camacho ainda não tem mandado de prisão e após os incidentes do dia enviou uma carta ao presidente da Bolívia, o esquerdista Luis Arce, para dizer-lhe que o discurso oficial de que houve "um golpe de Estado" é "uma mentira" e o acusou de praticar "perseguição política".

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Camacho afirmou na carta que "os bolivianos não ficarão de braços cruzados diante dos abusos" e garantiu que não deixará o país. O influente político venceu a eleição do último fim de semana para governador da rica região de Santa Cruz (leste) com mais de 55% dos votos.

A ordem também se estende aos ex-ministros Arturo Murillo (Governo), Luis Fernando López (Defesa), Yerko Núñez (Presidência), Álvaro Coímbra (Justiça) e Rodrígo Guzmán (Energia).

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Estes dois últimos foram os primeiros a ser detidos nesta sexta-feira na cidade amazônica de Trinidad, capital do departamento de Beni (nordeste), localizada 600 km ao nordeste de La Paz, onde também reside Áñez.

"Dissemos que sempre vamos nos colocar à disposição da lei", afirmou o próprio Coimbra quando foi preso e colocado na viatura policial, em declarações à Bolivia TV.

O paradeiro de Áñez é desconhecido, ainda que imagens mostradas na televisão mostrassem um enorme dispositivo policial nos arredores de sua residência em Trinidad.

Os ex-ministros do Interior e da Defesa deixaram a Bolívia em novembro passado e, segundo a Interpol-Bolívia, estão nos Estados Unidos.

O MP também emitiu mandados de prisão contra os ex-comandantes das Forças Armadas, William Kalimán, e seu sucessor, Sergio Orellana, e da Polícia, Yuri Calderón.

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