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MP da Venezuela vai investigar oposição após González se autodeclarar presidente eleito

Investigação foi aberta após declaração que proclama González o presidente eleito do país

Internacional|Do R7, em Brasília

Líderes da oposição vão ser investigados pelo MP Reprodução/Instagram/@egonzalezurrutia

O Ministério Público da Venezuela abriu uma investigação criminal contra María Corina Machado e Edmundo González, após ele, candidato de oposição, ter se declarado presidente eleito em um comunicado na segunda-feira (5).

A nota, assinada pelo procurador-geral Tarek William Saab, afirma que os opositores de Nicolás Maduro “atuaram às margens da Constituição” ao anunciarem “falsamente” a derrota do atual presidente nas urnas.

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O MP venezuelano é alinhado ao presidente Maduro, e também citou o resultado divulgado pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), que afirma vitória do atual presidente, com 51,95% dos votos, contra 43,18% de González. Com isso, os opositores vão ser investigados pelos seguintes crimes:

  • Usurpação de funções;
  • Divulgação de informações falsas para causar alarmismo;
  • Instigação à desobediência às leis;
  • Instigação à insurreição;
  • Associação à prática de crime e conspiração.

O comunicado foi publicado nas redes sociais oficias do órgão e do procurador-geral. Para Saab, os crimes apurados “ameaçam a paz da nação venezuelana”. “O Ministério Público, como titular da ação penal, em seu dever de ser garantidor da paz e da estabilidade no país, se manterá vigilante ante qualquer ato que implique a geração de violência ou pânico na população e que pretenda a reedição de eventos que deixaram dolorosas feridas em toda a família venezuelana”, conclui a nota.



Comunicado

González também usou as redes sociais para divulgar uma nota sobre as eleições do dia 28 de julho. Segundo o texto, Maduro “se nega a reconhecer que foi derrotado” e realiza “uma ofensiva brutal contra os líderes democráticos”. “Ganhamos essa eleição sem discussão alguma. Foi uma avalanche eleitoral, cheia de energia e com uma organização cidadã admirável, pacífica e democrática. Agora, é hora de todos respeitarem a voz do povo”, conclui o texto.

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