Mudanças climáticas deixarão 38 mi desabrigados na África até 2050
Segundo estimativa divulgada pelo Banco Mundial, falta de água e outros obstáculos podem causar problemas no leste do continente
Internacional|Do R7
O Banco Mundial afirmou que as mudanças climáticas forçarão dezenas de milhões de pessoas no leste da África a abandonar suas casas nas próximas três décadas, mesmo se houver medidas para reduzir o impacto na região.
Entre as pessoas afetadas estarão agricultores atingidos pela seca em busca de novas terras aráveis ou diferentes trabalhos em áreas urbanas, e outros movidos pela necessidade de encontrar água limpa, afirmou o Banco Mundial em relatório emitido quatro dias antes do início da cúpula do clima da ONU, a COP26, em Glasgow.
Os cinco países do leste da África — Quênia, Ruanda, Tanzânia, Uganda e Burundi — têm sofrido cada vez mais eventos de clima extremo nos últimos anos.
“Sem ações amplas e urgentes [...] até 38,5 milhões de pessoas podem ser deslocadas internamente, como consequência das mudanças climáticas, até 2050”, disse Hafez Ghanem, vice-presidente do Banco Mundial para a região.
Medidas concretas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e financiar projetos de mudanças climáticas e adaptação podem cortar a projeção de desabrigados, mas apenas em 30%, afirmou o relatório do banco.
O banco prometeu garantir 35% do próprio financiamento ao longo dos próximos cinco anos para projetos que ajudarão a enfrentar a ameaça das mudanças climáticas, disse Ghanem.