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Mulher é condenada por ajudar hackers norte-coreanos a se infiltrar em empresas nos EUA

Americana articulou esquema que permitiu a norte-coreanos roubar identidades e obter empregos em mais de 300 empresas

Internacional|Do R7

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Christina Marie Chapman, americana de 50 anos, foi condenada a 8 anos e meio de prisão por ajudar hackers norte-coreanos.
  • Ela liderou um esquema que permitiu a norte-coreanos conseguir empregos em mais de 300 empresas nos EUA, gerando US$ 17 milhões.
  • A mulher roubou identidades de 68 cidadãos americanos e enviou dispositivos eletrônicos para criar a impressão de que os trabalhadores estavam nos EUA.
  • Christina se declarou culpada de vários crimes e deve devolver cerca de US$ 176,8 mil do lucro gerado pela operação.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Christina Marie Chapman usou carteira de motorista falsa em esquema com norte-coreanos Divulgação/Departamento de Justiça

Uma norte-americana de 50 anos, identificada como Christina Marie Chapman, foi condenada a 8 anos e meio de prisão por liderar um esquema criminoso que possibilitou a norte-coreanos, proibidos de trabalhar nos Estados Unidos, conseguir empregos em mais de 300 empresas do país.

A fraude, segundo o Departamento de Justiça dos EUA, gerou mais de US$ 17 milhões (cerca de R$ 94 milhões) para os estrangeiros envolvidos. Entre as empresas vitimadas, incluem-se gigantes como a Nike, uma emissora de televisão e uma empresa de tecnologia do Vale do Silício.


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Christina, ex-garçonete e massagista, admitiu ter roubado as identidades de 68 cidadãos norte-americanos para o esquema. Esses dados eram fornecidos a norte-coreanos, que os usavam para conseguir empregos remotos em empresas norte-americanas.

Para dar a impressão de que os trabalhadores estavam nos EUA, Christina enviava dispositivos eletrônicos, como laptops, para uma cidade chinesa próxima à fronteira com a Coreia do Norte.


Além disso, mais de 90 laptops foram encontrados na residência de Christina, no Arizona, durante uma busca realizada pelas autoridades em 2023. A mulher chegou a contratar duas pessoas para ajudá-la a manter a operação na residência, que funcionava desde 2020.

No último dia 30, o Departamento de Justiça dos EUA disse que descobriu 29 locais como a casa de Christina, chamados de “fazendas de laptops”, que eram usados por trabalhadores norte-coreanos de TI (tecnologia da informação) para obter empregos remotos ilícitos em empresas norte-americanas.


O termo “fazendas” é usado porque essas residências abrigavam vários laptops funcionando ao mesmo tempo, como uma espécie de “plantação” de dispositivos que geravam lucros para o esquema.

Ligações com o regime norte-coreano

Foto mostra trabalhadores norte-coreanos suspeitos de financiar programa de armas do país asiático Divulgação/Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Massachusetts

Segundo o Departamento de Estado dos EUA, os norte-coreanos envolvidos no esquema tinham conexões com o Departamento da Indústria de Munições da Coreia do Norte, responsável pela produção de mísseis balísticos e armas do regime.


“O regime norte-coreano usou esse esquema para financiar seu programa nuclear, vitimando empresas e cidadãos dos Estados Unidos”, afirmou Roman Rozhavsky, diretor assistente de contrainteligência do FBI, ao jornal New York Post.

“A Coreia do Norte não é apenas uma ameaça à pátria vinda de longe. É um inimigo interno. Ela está cometendo fraudes contra cidadãos americanos, empresas americanas e bancos americanos. É uma ameaça à população em geral em todos os sentidos da palavra”, disse em um comunicado a procuradora-geral Jeanine Pirro.

Christina se declarou culpada em fevereiro deste ano pelos crimes de conspiração para fraude eletrônica, roubo de identidade qualificado e conspiração para lavagem de dinheiro. Ela foi presa em maio de 2024, no Arizona, junto com três cidadãos norte-coreanos ligados ao esquema.

Como parte da sentença, Christina foi condenada a devolver cerca de US$ 176,8 mil (aproximadamente R$ 980 mil) que ganhou com a operação, além de US$ 284 mil (cerca de R$ 1,5 milhão) em lucros que seriam repassados aos norte-coreanos.

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