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Mulheres protestam no Afeganistão para defesa de seus direitos: 'Lutaremos até o fim'

Talibã fechou escolas do Ensino Médio para meninas, excluiu afegãs da maioria dos empregos públicos e impôs o uso do véu

Internacional|Do R7

Mulheres seguram cartazes durante um protesto em Cabul, no Afeganistão
Mulheres seguram cartazes durante um protesto em Cabul, no Afeganistão

Quinze mulheres afegãs protestaram por alguns minutos em Cabul para defender "seus direitos até o fim" nesta quinta-feira (24), na véspera do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

As manifestantes, a maioria com óculos escuros, véus e máscaras cirúrgicas, iniciaram a manifestação diante de uma mesquita no centro da capital afegã. Talibãs armados patrulhavam a área do protesto.

"Lutaremos por nossos direitos até o fim, não vamos nos render", afirmava um dos cartazes. "Estados Unidos e Ocidente traíram as mulheres afegãs", destacava outro.

"A horrível condição as mulheres afegãs é uma vergonha para a consciência do mundo", afirmava uma faixa em inglês.


Desde que os talibãs voltaram ao poder em agosto de 2021, após a retirada das tropas dos Estados Unidos depois de duas décadas de presença no país, as manifestações de mulheres, que poucas vezes reúnem mais de 40 pessoas, são muito perigosas. Muitas participantes foram detidas.

O Talibã impõe uma interpretação rigorosa do islã e adota medidas cada vez mais rígidas, em particular para restringir os direitos e liberdades das mulheres.


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Depois de fechar as escolas do Ensino Médio para as meninas, excluir as mulheres da maioria dos empregos públicos e impor o uso do véu em público, entre outras medidas, os talibãs anunciaram em novembro que elas não podem frequentar os parques de Cabul.

De acordo com a ONU, que organiza na próxima sexta-feira (25) o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, este tipo de violência é a violação dos direitos humanos mais difundida no mundo. A organização calcula que afeta uma em cada três mulheres, número que praticamente não mudou na última década.

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