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Mundo devia ter nos ouvido em janeiro, diz diretor-geral da OMS 

Tedros Adhanom lembrou que, embora diretrizes da organização não sejam obrigatórias, alerta máximo de emergência foi dado em 30 de janeiro

Internacional|Do R7

OMS soltou alerta máximo de emergência em saúde em 30 de janeiro
OMS soltou alerta máximo de emergência em saúde em 30 de janeiro

O mundo devia ter ouvido o alerta máximo da OMS em janeiro, disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanon, nesta segunda-feia (27). No dia 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde soltou um alerta global sobre o coronavírus e os riscos da doença, que até então tinha apenas 82 casos fora da China, que concentrava a maior parte das infecções.

Segundo Tedros, a OMS começou a dar conselhos sobre o que os governos deveriam fazer para controlar o coronavírus, como decretar quarentenas, pedir que a população ficasse em casa se possível e respeitar o distanciamento social. Porém, nem todos os países acataram as recomendações.

Hoje, o mundo se aproxima dos 3 milhões de casos de covid-19 e já passa das 200 mil mortes. A doença se espalha rapidamente pelo mundo e ganhou o status de pandemia.

Tedros reforçou que a OMS está tentando informar e aconselhar todos os governos sobre como lidar com a doença e conta com apoio global para enfrentar a crise. "As diretrizes da OMS não são mandatórias, mas são baseadas no que há de mais consistente na pesquisa científica", afirmou o diretor.


Falta de testes

Porém, o número de casos do novo coronavírus pode ser maior do que o reportado oficialmente para a OMS. Na América Latina, África, Leste Europeu e parte da Ásia não são feitos testes suficientes na população.

Com a baixa quantidade de testes realizados, não dá para encontrar e isolar os infectados, rastrear os contatos e garantir que a doença fique contida, além de não saber com certeza o número de mortos.


Segundo o chefe da organização, os países afetados estão recebendo ajuda e orientação da OMS através dos escritórios locais. O órgão está enviando testes e equipamentos necessários para as regiões mais afetadas, mas a ajuda ainda não foi suficiente para testes massivos e para proteger a população.

“A OMS está comprometida a fazer tudo o que pode para ajudar todos os países”, disse Tedros.


Além da ajuda da organização, ele reforçou que os governos locais precisam se movimentar e garantir que os sistemas de saúde estejam equipados e preparados, além de proteger a população.

“Unidade nacional é a base para solidariedade global”, explicou. “Esse vírus não será vencido se nós não estivermos unidos”.

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