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Na ONU, Trump deixa claro que EUA se afastam de órgãos multilaterais

Além de dizer que seu país 'rejeita a ideologia do globalismo', presidente dos EUA anunciou cortes em ajuda financeira a outros países

Internacional|Beatriz Sanz e Cristina Charão, do R7

Trump vai reduzir ajuda externa a países
Trump vai reduzir ajuda externa a países

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou seu discurso na Assembleia Geral da ONU para transformar o seu lema nacionalista de "fazer a América grande novamente" em uma estratégia de política internacional. Ele deixou claro que os EUA se afastam cada vez mais dos órgãos e instâncias multilaterais.

De forma muito direta, Trump declarou diante de mais de 200 líderes mundiais que "os EUA são governados pelos norte-americanos" e "rejeita a ideologia do globalismo".

Sem ficar apenas nas palavras, Trump anunciou uma série de medidas que atingem diretamente iniciativas multilaterais, desde acordos comerciais até ajuda humanitária.

Afirmou, por exemplo, que os EUA concederão ajuda externa apenas aos países "que nos respeitam, que sinceramente são nossos amigos".


Os EUA são o país que mais concedem ajuda financeira a outros países em todo mundo. Segundo Trump, o Secretário de Estado, Mike Pompeo ficará responsável pelos cortes.

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Na contra-mão da ONU


O presidente norte-americano também anunciou outras medida que vão contra o discurso que o Secretário-Geral da ONU, António Guterres fez pouco antes.

Trump afirmou que os EUA sairão do Pacto Global de Migração proposto pela ONU. Ele afirmou que os outros países precisam ser "grandes novamente", reutilizando seu slogan de campanha.


"Somente mantendo as fronteiras nacionais, destruindo as gangues criminosas, podemos quebrar esse ciclo", disse ele.

O pacto de migração não foi o único programa das Nações Unidas abandonado pelos EUA desde que Trump assumiu a Casa Branca.

Os Estados Unidos também não fazem mais parte do Conselho de Direitos Humanos da organização desde junho. Em agosto, foi a vez de se retirar do programa de ajuda humanitária à Palestina.

Em dezembro de 2017, os EUA já havia deixado a Unesco, retirando do organismo cerca de 20% do seu orçamento.

Soberania e relações comerciais

Em relação à renegociação de acordos internacionais de comércio e à guerra comercial cada vez mais agressiva com a China, Trump disse que os Estados Unidos, historicamente, permitiram que "mercados de todo o mundo tivessem acesso livre ao nosso território. Infelizmente, não houve reciprocidade por parte de outros países".

O presidente americano completou que, como consequência, seu governo está "renegociando sistematicamente maus contratos comerciais" — e acrescentou que na segunda-feira (24) sentou-se junto com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, para anunciar um novo tratado de sucesso entre Estados Unidos e Coreia.

Em seu discurso, Trump ainda salientou que seu país não tolera mais "abusos": "Nossos trabalhadores não serão explorados, e nossas empresas não serão trapaceadas. O modo distorcido como a China negocia no mercado não será mais tolerado", disse.

Veja a galeria: Confira os destaques dos discursos dos líderes mundiais na ONU

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