Na pandemia, EUA vivem alguns dos dias mais letais de sua história
Com 3.124 novas mortes por conta da covid-19, o país também tem recordes de internações e casos, enquanto corre para aprovar a vacina da Pfizer
Internacional|Fábio Fleury, do R7
Autoridades da FDA, a agência de segurança sanitária dos EUA, se reunem nesta quinta-feira (10) para decidir sobre a aprovação, de maneira emergencial, da vacina da Pfizer contra o novo coronavírus, no momento em que o país mais afetado pela covid-19 no mundo atinge seu pior momento em meio à pandemia.
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Somente nas útlimas 24 horas, mais 3.124 novas mortes por conta da covid-19 foram registradas, segundo o banco de dados da Universidade Johns Hopkins. Na véspera, foram 3.053 óbitos.
Com isso, 9 e 8 de dezembro de 2020 são o terceiro e o quarto dia com mais mortes em território norte-americano, atrás apenas do furacão de Galvestom, no Texas, em 1900, com cerca de 8 mil mortos e da batalha de Antietam, na Guerra de Secessão, em 17 de setembro de 1862, com 3,6 mil baixas.
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Nos atentados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, morreram pouco menos de 3 mil pessoas. E, segundo os médicos, a tendência é de piorar. O país chegou a 290 mil óbitos na pandemia e pode chegar a mais de 350 mil até janeiro, segundo especialistas ouvidos pelo New York Times.
Os números de internações e novos casos também não param de subir. Na quarta-feira, eram quase 107 mil pessoas hospitalizadas, um novo recorde para os EUA, que além disso registraram 221 mil novas contaminações pelo coronavírus em apenas 24 horas, chegando a um total de quase 15.5 milhões.
'Crise de saúde pública sem precedentes'
A disparada no número de casos coincide com um período de duas semanas após o feriado do Dia de Ação de Graças quando, a despeito do apelo de muitas autoridades, cerca de 50 milhões de norte-americanos viajaram pelo país para se encontrar com suas famílias.
"Estamos em uma crise de saúde pública sem precedentes na história do país", disse a ex-secretária de Saúde do país, Kathleen Sebelius. "A doença está por todas as partes, os trabalhadores de saúde estão exaustos e muitos hospitais estão lotados".
O atual secretário, Alex Azar, disse que, a partir da aprovação da vacina, quer imunizar pelo menos 20 milhões de pessoas até o fim do ano.