Conheça os grupos de mercenários mais poderosos do mundo
O Wagner, cujo líder morreu nesta semana após a queda de um avião nos arredores de Moscou, está no topo da lista
Internacional|Do R7
O grupo Wagner voltou aos noticiários do mundo todo nesta semana depois que o líder mercenário Yevgeny Prigozhin e o número 2 do grupo, Dmitry Utkin, morreram na queda de um avião nos arredores de Moscou, na quarta-feira (23). O Wagner está no topo da lista dos grupos paramilitares, também chamados de mercenários, mais poderosos do mundo.
Grupos paramilitares são normalmente formados por ex-soldados de Exércitos regulares e têm estrutura semelhante à militar, mas não fazem parte das Forças Armadas. Eles podem ser definidos também como empresas de segurança privada, que trabalham mediante pagamento para defender os interesses do país contratante.
Veja a seguir os grupos mercenários mais poderosos do mundo:
Grupo Wagner
O grupo Wagner foi formado em 2014, quando a Rússia invadiu a Crimeia, para defender os interesses dos russos contra a Ucrânia. Entre os cerca de 25 mil combatentes estão ex-soldados, prisioneiros, civis russos e estrangeiros. Atualmente, o grupo é considerado ativo em 30 países que passam por guerras ou conflitos, como a Síria e o Sudão. Os homens do Wagner são acusados de cometer violações dos direitos humanos na América e na África, torturando e matando civis ou forçando o deslocamento deles.
Grupo Olive
O Olive foi criado em 2001 por Harry Legge-Burke, um ex-guarda natural do País de Gales, na Grã-Bretanha, membro da Associação Britânica de Empresas de Segurança Privada e da Associação de Empresas de Segurança Privada do Iraque. Os combatentes do grupo se especializaram na proteção de empresas petrolíferas contra homens-bomba e agressores suicidas. A maioria dos membros é de ex-funcionários do SAS (Serviço Aéreo Especial), uma força especial do Exército da Grã-Bretanha, conhecida pela sua grande capacidade de atuar em condições extremas.
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Academi
Anteriormente conhecido como Blackwater, o Academi foi fundado em 1996 pelo ex-oficial da Marinha dos Estados Unidos Erik Prince. O grupo é conhecido pela notoriedade que obteve após o assassinato de 17 cidadãos iraquianos no massacre da praça Nisour, em Bagdá, e por ter participado de diversas outras polêmicas que envolvem violação de direitos humanos. Ele foi renomeado duas vezes — como Xe Services, em 2009, e Academi, em 2011. Em 2014, o Academi se fundiu a outro grupo paramilitar, a Triple Canopy, para formar a Constellis Holdings, depois de ter sido adquirido por um grupo de investidores privados.
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G4S Security
O G4S Security, de origem britânica, é o maior grupo militar privado do mundo, com 620 mil funcionários, o equivalente a três vezes o tamanho do Exército britânico. Os combatentes do G4S realizam operações em mais de 120 países e fornecem apoio de rotina à segurança aeroportuária e patrulhamento — eles não se envolvem em combate pesado. Segundo um relatório do portal americano Business Insider, em 2008 a empresa adquiriu o Armorgroup, cujo exército de 9.000 guardas protegia cerca de um terço de todos os comboios de abastecimento não militares no Iraque.
Erynys
A Erynys foi fundada no Reino Unido em 2001 e está em operação desde o início da guerra no Iraque, em 2003. Uma das principais tarefas da empresa é proteger os oleodutos e ativos energéticos em diversos países, principalmente no Iraque do pós-guerra. O grupo foi acusado de matar um soldado americano e de torturar prisioneiros sob custódia.
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