‘Não podemos admitir intervenções externas’, diz Mauro Vieira a países latino-americanos
Ministro das Relações Exteriores defendeu união dos países latino-americanos e caribenhos para que soberania seja respeitada
Internacional|Do R7, em Brasília, com informações da Agência Brasil
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu, nesta segunda-feira (22), a união dos países latino-americanos e caribenhos para que a soberania da região seja respeitada.
O discurso faz referência à tensão entre Estados Unidos e Venezuela após uma série de ataques americanos contra embarcações no sul do Caribe, próximo à costa venezuelana.
“Não podemos admitir intervenções externas, sob nenhum pretexto. Permitir medidas de intimidação, sem nenhuma reação coletiva, seria um convite permanente a novas ingerências. Mais do que nunca, é urgente e necessário fortalecer a Celac como mecanismo-chave para a defesa da soberania dos países latino-americanos e caribenhos”, afirmou.
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O ministro discursou na Reunião de Chanceleres da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, Intra-Celac, em Nova York, onde participa da Semana de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas.
A Celac é um mecanismo de diálogo que reúne os 33 países latino-americanos e caribenhos.
Durante o discurso, o ministro ressaltou que a América Latina passa por intervenções que remontam a atitudes do passado e que ferem a soberania dos países.
“Assistimos à intromissão de forças militares extrarregionais na América Latina e no Caribe. Em muitos sentidos, nossa região vive uma ressurgência do passado, de atitudes insolentes que remontam não só ao século 20 como ao século 19”, criticou.
No início do mês, a maioria dos países do grupo assinou documento manifestando “profunda preocupação” pela movimentação militar “extrarregional” na região do Caribe.
No discurso, o ministro também enfatizou que “designar grupos criminosos como alvos terroristas legítimos pode dar pretexto a formas arbitrárias de agressão armada, em violação da Carta das Nações Unidas”.
”Esse é um precedente perigoso. Caso consolidado, constituiria um convite a um enfraquecimento do ordenamento normativo vigente em nossa região e à instabilidade geopolítica”, completou.
EUA sanciona mulher de Moraes com a Lei Magnitsky
Nesta segunda-feira (22), o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou a mulher do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, Viviane Barci, com a Lei Magnitsky.
A medida é uma sanção econômica que inclui o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo americano, além da proibição de entrada no país. É aplicada, em geral, a acusados de corrupção ou de graves violações de direitos humanos.
A medida também afeta a empresa Lex Instituto de Estudos Jurídicos, em que Viviane é sócia.
Moraes classificou a medida como “ilegal e lamentável” e afirmou que a aplicação da lei “violenta o direito internacional”, “a soberania do Brasil” e a “independência do Judiciário.”
O R7 entrou em contato com Viviane, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.
Perguntas e Respostas
Qual foi a posição de Mauro Vieira sobre intervenções externas na América Latina?
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu a união dos países latino-americanos e caribenhos para que a soberania da região seja respeitada. Ele afirmou que não se pode admitir intervenções externas sob nenhum pretexto e que permitir medidas de intimidação sem uma reação coletiva seria um convite a novas ingerências.
Qual foi o contexto do discurso de Mauro Vieira?
O discurso ocorreu durante a Reunião de Chanceleres da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Nova York, no contexto da Semana de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas. O ministro fez referência à tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela, após ataques americanos contra embarcações no sul do Caribe.
O que é a Celac e qual a sua importância segundo Mauro Vieira?
A Celac é um mecanismo de diálogo que reúne os 33 países latino-americanos e caribenhos. Mauro Vieira destacou a importância de fortalecer a Celac como um meio essencial para a defesa da soberania dos países da região.
Quais preocupações Mauro Vieira expressou sobre intervenções na América Latina?
O ministro ressaltou que a América Latina enfrenta intervenções que ferem a soberania dos países, mencionando a intromissão de forças militares extrarregionais. Ele criticou atitudes que remontam ao passado, afirmando que a região vive um ressurgir de comportamentos do século 19 e 20.
O que aconteceu no início do mês em relação à movimentação militar na região do Caribe?
No início do mês, a maioria dos países da Celac assinou um documento expressando “profunda preocupação” com a movimentação militar extrarregional na região do Caribe.
Qual foi a crítica de Mauro Vieira sobre a designação de grupos criminosos?
Mauro Vieira criticou a designação de grupos criminosos como alvos terroristas legítimos, afirmando que isso poderia dar pretexto a formas arbitrárias de agressão armada, violando a Carta das Nações Unidas. Ele considerou isso um precedente perigoso que poderia enfraquecer o ordenamento normativo e gerar instabilidade geopolítica na região.
O que ocorreu com Viviane Barci, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes?
Nesta segunda-feira (22), o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou Viviane Barci com a Lei Magnitsky, que inclui o bloqueio de contas bancárias e bens em solo americano, além da proibição de entrada no país. Essa sanção é geralmente aplicada a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.
Como Alexandre de Moraes reagiu à sanção imposta a sua esposa?
Alexandre de Moraes classificou a sanção como “ilegal e lamentável”, afirmando que a aplicação da lei “violenta o direito internacional”, a “soberania do Brasil” e a “independência do Judiciário”.
O que foi informado sobre a empresa Lex Instituto de Estudos Jurídicos?
A sanção também afeta a empresa Lex Instituto de Estudos Jurídicos, da qual Viviane Barci é sócia.
O que foi dito sobre a tentativa de contato com Viviane Barci?
O portal R7 tentou entrar em contato com Viviane Barci, mas não obteve resposta, deixando o espaço aberto para manifestação.
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