Pelo menos 90 migrantes teriam se afogado em um naufrágio no Mediterrâneo, próximo à costa da Líbia, na manhã desta sexta-feira (2). De acordo com Olivia Headon da OIM (Organização Internacional para Migrações) na Líbia, 10 corpos cehgaram à costa do país — dois líbios e oito cidadãos paquistaneses. Dois sobreviventes teriam nadado até uma praia, enquanto outro foi resgatado por um barco de pesca, disse Headon.
No domingo, outro naufrágio no Mediterrâneo teria feito entre 30 e 35 vítimas. De acordo com o escritório da OIM na Itália, 96 pessoas foram resgatadas no mar, pouco antes de um barco que carregava entre 130 e 140 migrantes afundar. As autoridades italianas informaram que 10 corpos chegaram à costa.
Com estas mortes confirmadas na Itália, a OIM contabilizou 246 vítimas fatais em janeiro na travessia do Mediterrâneo. O número é semelhante às 254 fatalidades registradas no mesmo período de 2017.
O Mediterrâneo segue sendo a rota de migração com maior número de mortes, respondendo por 62% de um total de 396 migrantes ou refugiados mortos durante suas viagens em todo o mundo no mês de janeiro.
O balanço da OIM também aponta que 6.624 migrantes e refugiados entraram para a Europa pelo mar entres os dias 1 e 28 de janeiro. A Itália representa 4.256 destes deslocados, aproximadamente 64% do total. O restante se dividiu entre a Espanha (19%) e a Grécia (16%) a pelo mar até o dia 28 de janeiro. Isso se compara com 5.983 que desembarcaram em um período similar em 2017. A Itália representa aproximadamente 64 por cento do total, sendo o restante dividido entre a Espanha (19 por cento) e a Grécia (16 por cento).