Navio com 750 toneladas de diesel afundou na costa da Tunísia
Petroleiro havia partido do Egito com destino a Malta; por enquanto, não há vazamento de combustível, mas governo quer evitar desastre ambiental
Internacional|Do R7
Um petroleiro com mais de 750 toneladas de diesel, que partiu do Egito com destino a Malta, afundou neste sábado (16) na costa sudeste da Tunísia, causando uma grande mobilização para evitar um vazamento de petróleo.
"O navio afundou nesta manhã em águas territoriais da Tunísia e no momento não há vazamento de combustível", disse o porta-voz Mohamed Karrai, acrescentando que uma "comissão de prevenção de desastres vai se reunir nas próximas horas para decidir quais medidas tomar".
O petroleiro Xelo, de bandeira da Guiné Equatorial, tinha pedido para entrar em águas tunisianas na noite de sexta-feira (15) para se proteger das más condições climáticas.
Quando estava a 7 km das margens do Golfo de Gabes, no sudeste do país, a água começou a entrar na sala de máquinas, segundo o Ministério do Meio Ambiente da Tunísia.
A ministra do Meio Ambiente, Leila Chikhaoui, está "a caminho de Gabes para avaliar a situação após o naufrágio do navio e tomar as decisões preventivas necessárias em coordenação com as autoridades regionais", disse o ministério em comunicado.
As autoridades promoveram “o plano nacional de emergência para a prevenção da poluição marinha, com o objetivo de controlar a situação e prevenir a propagação de poluentes”.
Medo de uma catástrofe ambiental
O petroleiro Xelo (registro IMO 7618272), com 58 metros de comprimento e 9 metros de largura — de acordo com o site Vesseltracker — e que carregava a bandeira da Guiné Equatorial, dirigia-se para a ilha de Malta a partir do porto de Damietta, no Egito, segundo o ministério.
As autoridades da Tunísia conseguiram retirar a tripulação, composta de sete pessoas, que estava a bordo do navio em perigo, acrescentou o ministério.
De acordo com o porta-voz tunisiano, os tripulantes, formados por um capitão georgiano, quatro turcos e dois azerbaijanos, foram "brevemente hospitalizados para um check-up médico e depois alojados em um hotel".
Os ministérios da Defesa, Interior, Transportes e Alfândegas estão trabalhando para evitar “uma catástrofe ambiental marinha na região e limitar as suas repercussões”, assegurou o Ministério do Ambiente. Quando o navio ainda não havia afundado, o ministério descreveu a situação como "alarmante", mas "sob controle".