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Necropsia revela falhas durante polêmica injeção letal aplicada em condenado nos EUA

Condenado por assassinato e estupro, homem agonizou por mais de 40 minutos antes de morrer

Internacional|Do R7

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Clayton Lockett agonizou durante 43 minutos antes de morrer
Clayton Lockett agonizou durante 43 minutos antes de morrer

Uma necropsia independente para determinar as causas da falha em uma injeção letal demonstrou que a equipe médica falhou várias vezes ao tentar realizar uma intravenosa e terminou por afetar uma veia, segundo um relatório preliminar.

Clayton Lockett, condenado a morte por assassinato e estupro, foi executado em 29 de abril com uma combinação inédita de três substâncias em um processo que terminou em agonia e levou 43 minutos, ao invés de menos de dez como esperado.


As autoridades destacaram que Lockett morreu vitimado por um ataque cardíaco.

Mas após um exame independente, o médico legista Joseph Cohen afirmou que era impossível confirmar o vínculo entre o ataque cardíaco e a morte de Lockett.


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Cohen observou as contusões e perfurações nos braços, pernas e perto da artéria femoral, que indicavam muitas tentativas de administrar um coquetel letal por via intravenosa.

Os médicos também observaram "feridas vasculares" que sugerem que a via para realizar a injeção terminou por afetar a veia.


As autoridades também mencionaram desde o início que houve uma "falha vascular" durante a execução e que, apesar da administração das três substâncias, estas "não entraram no sistema".

Mas o corpo de Lockett mostrava "uma excelente integridade de veias periféricas e profundas para obter um acesso às veias", disse Cohen.

A especialista em injeções letais e professora de Direito na Universidade Fordham, Deborah Denno, chamou a equipe responsável pela execução de "extraordinariamente incompetente".

— Este tipo de incompetência por parte das equipes de execução existiu durante décadas e, por isto, devemos suspender o sigilo sobre as execuções.

A advogada Megan McCracken, do curso de pena capital da Universidade de Berkeley, disse que o coquetel administrado "exacerbou a dor e o sofrimento que Lockett teve que suportar e o paralisou de maneira desnecessária".

— Além disso, o estado não tinha nenhum plano de contingência para o caso da execução não funcionar como planejado, como foi claramente o caso.

A polêmica execução de Lockett levou as autoridades de Oklahoma a suspender de forma temporária as execuções e revisar os protocolos das injeções letais, ante as fortes críticas dos ativistas dos direitos humanos e dos grupos de oposição à pena de morte.

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