Netanyahu acusa Irã de estar construindo 5 bombas de Hiroshima

Primeiro-ministro israelense afirmou nesta segunda-feira, em Tel Aviv, que governo iraniano mente para as potências ocidentais, em relação a acordo

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7 com Ansa

30/04/2018 - 16h35 (Atualizado em 22/02/2024 - 11h18)

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou nesta segunda-feira (30) o Irã de estar mentindo para as potências ocidentais em relação ao seu programa nuclear.

Segundo afirmou Netanyahu, em conferência em Tel Aviv, o governo iraniano planeja a construção de ao menos cinco bombas nucleares equivalentes àquela lançada pelos Estados Unidos sobre Hiroshima, no Japão, em 1945.

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O primeiro-ministro afirmou que as informações foram obtidas em um cofre mantido em segredo pelo Irã. Ele considerou esta revelação como um dos "maiores sucessos" do serviço de inteligência de Israel, baseado no Mossad.

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— Algumas semanas atrás, em uma grande conquista de nossa inteligência, Israel obteve meia tonelada de materiais.

Segundo Netanyahu, o serviço secreto israelense teve acesso a "55 mil documentos", incluindo fotos, que, de acordo com ele, comprovam o projeto de Teerã. Além disso, Netanyahu afirmou que, com seus mísseis, o Irã poderia atingir locais a "milhares de quilômetros" de distância.

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— O acordo nuclear é baseado em mentiras. O Irã mentiu quando afirmou não ter um programa para a produção de ogivas nucleares. Mesmo depois do acordo, o Irã continuou a proteger e a estender os próprios conhecimentos sobre armas atômicas, para o futuro.

O premier é o maior crítico do acordo nuclear com o Irã, assinado também por Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e União Europeia. Em conversa com o Secretário de Estado americano, Mike Pompeo, neste domingo (29), ele reafirmou sua preocuipação em relação à presença do Irã, um inimigo de Israel, na Síria, e reafirmou a necessidade de o acordo com o Irã ser revisto.

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— Estou certo de que Donald Trump fará a coisa certa

Pompeo concordou com a posição de Netanyahu e conclamou os países ocidentais a romperem o acordo, feito em 2015, relativo à suspensão de sanções, após a conclusão de que o país estaria seguindo as restrições ao seu programa nuclear, que deveria, segundo a combinação, se ater a fins pacíficos. Na época, o Irã aceitou submeter suas atividades nucleares a inspeções regulares.

O pronunciamento de Netanyahu chega pouco depois de uma base na Síria usada pelo governo iraniano ter sido bombardeada, em um ataque que deixou 40 mortos. Principal suspeito da ação, Israel vê com preocupação o crescente ativismo político e militar de Teerã em território sírio e no Oriente Médio.

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Imagens tiradas pelo famoso fotógrafo David Seymour, o Chim, e publicadas pelo Museu da Diáspora (Beit Hatfutsot) mostram as origens desta nação, inicialmente rural e quase sem infraestrutura, entre 1951 e 1956. Na foto, uma parte da fronteira de Israel em 1952

De lá para cá, Israel se tornou um país moderno e um dos centros de desenvolvimento tecnológico e científico do mundo, com avançados projetos de dessalinização da água do mar e irrigação do deserto, vindos desde os anos 60. Na foto, a primeira criança, Miriam Tito, nascida no assentamento de Alma, em 1951

Foram derramados, porém, muito suor, sangue e lágrimas, para que o sonho de um país próspero se concretizasse. No início, praticamente todas as regiões de Israel eram pântano ou deserto. Jerusalém era uma das exceções, já firmada como centro das três religiões monoteístas há vários séculos

De resto, praticamente tudo em Israel teve de ser erguido: plantações, cidades, fábricas, instituições e usinas, entre outros. Tel Aviv (na foto em 1952) nem sempre foi uma cidade moderna e funcional. A cidade surgiu pouco antes da Primeira Guerra Mundial, nos tempos do domínio otomano, para dar vazão à Jafa, onde a população judaica vivia amontoada. Na foto, outra cidade, Haifa, começa a crescer a partir do Monte Carmel, no Norte

Uma companhia imobiliária foi formada e comprou vastos 130 mil metros quadrados na redondeza de Jafa. O espaço era formado basicamente por dunas, contornadas por alguns montes. Desta comunidade, chamada Tel Aviv (Colina da Primavera), se formou uma cidade. Na foto, as Minas do Rei Salomão, em 1952

Outras regiões também se desenvolveram com o trabalho dos colonos. É o caso do Vale do Hule, no Norte, antes um pântano inóspito, no qual muitos morreram de doenças como malária. Na foto, Tel Aviv já era uma cidade alegre e esportiva, em 1952

Posteriormente, a região se tornou um local bucólico, com fauna, floras e terras férteis, graças à intervenção humana, com ajuda da Organização das Nações Unidas, para a recuperação do terreno, com base em trabalho de cientistas, engenheiros hidráulicos e especialistas em cultivo do solo. Trabalhadores como este homem, em foto tirada em 1953, contribuíram para a transformação do país

No sul, a aridez do deserto do Neguev foi superada por um trabalho de irrigação, que possibilitou a existência de plantações, kibutzim (como o Yotvatá) e até a formação de cidades, como Arad, na região

Essas informações foram divulgadas pelo escritor Érico Veríssimo, que publicou o livro "Israel em Abril", contando sua viagem de cerca de 20 dias, em 1966, para o país. Ele já era um admirador do Estado judaico e, mesmo antes das guerras de 1967, 1973 e da invasão do Líbano, 1982, ele intuía um país próspero e apostava na continuidade daquela nação. Na foto, uma mulher carrega um balde no assentamento de Alma, em 1951

As guerras trouxeram dor e se distanciaram do sonho da paz, conseguida em parte, já que Israel fez acordos com Egito (1979) e Jordânia (1995) países que participaram de todas as guerras contra Israel até então. Na foto, mulheres rezam durante o Rosh Hashaná - Ano Novo judaico, em 1951, na praia de Tel Aviv

O país atualmente é a economia mais desenvolvida do Oriente Médio, com um Produto Interno Bruto de cerca de 318,5 bilhões de dólares e uma agricultura e indústria desenvolvidas. Além da alta tecnologia, o país exporta diamantes, produtos agrícolas, hospitalares, militares, softwares e de química fina, entre outros

A questão palestina e a hostilidade de países como o Irã são obstáculos que ainda trazem certa intranquilidade. Em relação à população palestina, que vive em condições muito difíceis dentro dos territórios ocupados, a busca por uma solução é fundamental

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Uma paz definitiva deverá acelerar o desenvolvimento de Israel, podendo integrá-lo a toda a região, como era o sonho do ex-presidente e ex-primeiro-ministro Shimon Peres (1923-2016). E a realização do sonho de Peres, sempre com a segurança das fronteiras garantida, é sem dúvida o principal desafio para o país nos próximos anos

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