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Nobel de Literatura 2025 vai para o húngaro Krasznahorkai, por obra que exalta o poder da arte

Prêmios nas áreas de química, física e medicina já foram entregues

Internacional|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O Nobel de Literatura 2025 foi concedido ao autor húngaro László Krasznahorkai por sua obra que reafirma o poder da arte em cenários apocalípticos.
  • O prêmio tem um valor de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões).
  • Krasznahorkai é conhecido por seu estilo épico e influências que vão de Kafka a Thomas Bernhard, destacando-se pelo absurdismo e equilíbrio em sua escrita.
  • Seu romance de estreia, "Sátántangó", ganhou notoriedade ao retratar a vida de moradores empobrecidos em uma fazenda coletiva na Hungria.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O húngaro László Krasznahorkai, vencedor do Nobel de literatura de 2025 Divulgação/Niklas Elmehed/Nobel Prize Outreach

O Prêmio Nobel de Literatura de 2025 foi concedido ao autor húngaro László Krasznahorkai,“por sua obra poderosa e visionária que, em meio ao terror apocalíptico, reafirma o poder da arte”.

O valor do Prêmio Nobel para 2025 foi definido em 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões).


Krasznahorkai é um grande escritor épico da tradição da Europa Central, que se estende de Kafka a Thomas Bernhard, caracterizada pelo absurdismo e pelo excesso grotesco.

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No entanto, sua escrita vai além: o autor também se volta para o Oriente, adotando um tom mais contemplativo e cuidadosamente equilibrado.


Quem é o autor?

O autor László Krasznahorkai nasceu em 1954, na pequena cidade de Gyula, no sudeste da Hungria, perto da fronteira com a Romênia. Uma área rural igualmente remota serve de cenário para o primeiro romance de Krasznahorkai, Sátántangó, que foi uma sensação literária na Hungria e marcou a obra de estreia do autor.

O romance retrata, de forma intensamente sugestiva, um grupo de moradores empobrecidos que vivem em uma antiga fazenda coletiva abandonada no interior da Hungria.


A expectativa e o silêncio dominam o ambiente, até que os carismáticos Irimiás e seu comparsa Petrina, dados como mortos, reaparecem repentinamente. Para os moradores que esperam, eles parecem mensageiros.

O elemento terror manifesta-se tanto na moral de escravos quanto nas falsas pretensões do trapaceiro Irimiás, que, embora eficazes, são enganosas e acabam deixando quase todos presos em suas próprias armadilhas. Todos no romance aguardam um milagre, uma esperança que já é frustrada desde o início pela epígrafe retirada de Kafka:


“Nesse caso, perderei o acontecimento por estar esperando por ele.”

O livro foi adaptado em 1994 para o cinema, em uma colaboração altamente original com o diretor Béla Tarr.

Pouco tempo depois, a crítica norte-americana Susan Sontag coroou Krasznahorkai como o “mestre do apocalipse” da literatura contemporânea, um julgamento feito após a leitura de seu segundo livro, Az ellenállás melankóliája (1989; tradução inglesa The Melancholy of Resistance, 1998).

Outros prêmios

Química

Três cientistas ganharam o Nobel de Química 2025 pelo desenvolvimento de materiais capazes de limpar o ar, retirando gases poluentes da atmosfera.

Os vencedores, Suzumu Kitagáua, Richard Robson e Ômár Yá-gui foram reconhecidos pela criação de estruturas metal-orgânicas, capazes de capturar e armazenar gases, além de reter umidade do ar.

A descoberta abre caminho para novas soluções em áreas ambientais como a poluição e a crise hídrica. Os cientistas vão dividir o prêmio de R$ 6,2 milhões.

Física

Três cientistas receberam o Nobel de Física de 2025 por pesquisas que revelaram novos efeitos da mecânica quântica.

Os ganhadores, mostraram que os princípios da física quântica, normalmente aplicados às partículas minúsculas, também podem ser observados em maior escala, em circuitos elétricos semelhantes aos usados em aparelhos eletrônicos.

A descoberta abre caminho para avanços em computadores quânticos, muito mais rápidos que os atuais. O trio vai dividir um prêmio de cerca de R$ 6,2 milhões.

Medicina

Três cientistas venceram o prêmio Nobel de Medicina deste ano por descobrirem os mecanismos de defesa do corpo humano. Os americanos Mary Brunkow e Fred Ramsdell, e o japonês Shimon Sakaguchi, vão dividir mais de R$ 6,2 milhões. Mary Brunkow pensou que o telefonema com a notícia do prêmio era um golpe.

O sistema imunológico, responsável por proteger o corpo contra infecções, vírus e bactérias, às vezes se confunde e ataca células e tecidos saudáveis, causando doenças autoimunes, como diabetes tipo 1 e esclerose múltipla. A pesquisa revelou a existência das células T reguladoras, que funcionam como um freio do sistema imunológico. Essas células controlam a intensidade das respostas de defesa e impedem que o corpo destrua seus próprios tecidos.

Além disso, foi descoberto que o gene FOXP3 é essencial para o funcionamento dessas células. Agora, os médicos entendem melhor como controlar o sistema de defesa e podem criar tratamentos para evitar que as nossas próprias células se confundam e ataquem, sem perceber, o nosso próprio organismo. Isso poderia levar a tratamentos de doenças autoimunes, melhorar transplantes e aprimorar terapias contra o câncer.

Outros prêmios

  • Nobel da Paz - sexta-feira (10)
  • Nobel de Economia - segunda-feira (13)

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