O piloto do voo MH370 da Malaysia Airlines, cuja queda provocou a morte de 298 pessoas em março de 2014, poderia estar sofrendo com depressão na época do acidente.
Segundo reportagem publicada pela revista americana The Atlantic, há indícios de que o piloto tenha restringido propositalmente o oxigênio para os passageiros e depois jogado a aeronave contra o mar.
O MH370 desapareceu dos radares no dia 8 de março de 2014, cerca de 40 minutos depois de decolar em Kuala Lumpur, a caminho de Pequim, depois que alguém desligou os sistemas de comunicação, segundo a investigação oficial.
Ao jornalista e especialista em aviação William Langewiesche, que escreveu a reportagem publicada na revista The Atlantic, amigos do piloto Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, contaram que ele estava obcecado com duas jovens modelos que viu pela internet depois de ser abandonado pela esposa, e acrescentaram que ele passou muito tempo "vagando por quartos vazios".
Um engenheiro elétrico entrevistado por Langewiesche também afirmou que, depois de despressurizar a cabine, o piloto "provavelmente fez uma subida que acelerou os efeitos da despressurização, causando a rápida incapacitação e morte de todos na cabine".
Em julho do último ano, investigadores divulgaram um relatório de 495 páginas declarando que os controles de radar do avião foram, provavelmente, deliberadamente manipulados para tirar a aeronave de sua rota. Não foi possível, entretanto, determinar quem teria sido o responsável.
A aeronave que caiu no Oceano Índico nunca foi encontrada, mas mais de 30 supostos destroços dela foram recolhidos em partes do mar no mundo todo.
Episódio da Germanwings
Caso a hipótese seja confirmada, não seria a primeira vez que um piloto com problemas psiquiátricos teria levado a cabo uma tragédia do tipo.
Em 2015, o copiloto Andreas Lubitz jogou intencionalmente um avião da Germanwings nos Alpes franceses, em um incidente que matou todas as 150 pessoas que estavam a bordo do voo 9525 — que viajava de Barcelona, na França, para a cidade de Duesseldorf, na Alemanha. Um relatório divulgado por especialistas aéreos franceses confirmou que Lubitz tinha problemas psiquiátricos.