Nova Zelândia usa militares para monitorar fronteiras contra covid-19
Dois novos casos, causadas por falha no monitoramento da entrada de estrangeiros, quebram o recorde de 24 dias sem infecções 19 no país
Internacional|Da EFE
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, encarregou nesta quarta-feira (17) que os militares monitorem as fronteiras e os centros de quarentena abertos em seu país devido à pandemia da covid-19, após na véspera terem sido detectadas duas novas infecções em resultado de erros de controle em dois estrangeiros infectados com o coronavírus.
Ardern, cujo governo foi elogiado pela resposta rápida, drástica e eficaz à pandemia, deu este passo depois que de saber que duas mulheres que tinham vindo do Reino Unido viajaram cerca de 650 quilômetros, de Auckland para Wellington, sem concluir o período obrigatório de quarentena ou passar por qualquer teste.
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Ambas, que foram autorizadas a viajar seis dias após sua chegada ao país, testaram positivos para a covid-19. Portanto, as autoridades da Nova Zelândia entraram em contato com 320 outras pessoas que chegaram a um acordo para que se submetessem a realizar os testes para detectar o vírus.
É uma "falha inaceitável do sistema", disparou Ardern durante entrevista coletiva, onde anunciou a nomeação do assistente-chefe de Defesa, Darryn Webb, para monitorar todas as instalações de quarentena e isolamento e realizar uma auditoria de protocolos e sistemas existentes a serem totalmente implementados.
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Esse erro "não deve acontecer e não deve ser repetido", disse a premier, insistindo firmemente que "o controle de nossas fronteiras deve ser rigoroso".
Essas duas novas infecções quebram o recorde de 24 dias sem infecções do novo coronavírus no país, onde 1.156 casos confirmados, incluindo 22 mortes.
A Nova Zelândia impôs uma das quarentenas mais rigorosas do mundo, no mês de março, quando possuía apenas 50 casos de covid-19 e gradualmente relaxou suas restrições até retornar à prática normal no último dia 9.