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Novo escândalo por festa durante confinamento atinge Boris Johnson

Convite para evento na residência oficial foi enviado a cerca de cem pessoas pelo secretário particular do primeiro-ministro

Internacional|Do R7

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson
Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, cuja popularidade cai constantemente, viu-se em apuros novamente nesta terça-feira (11), em razão de outro escândalo provocado por uma grande festa em pleno confinamento, realizada nos jardins de Downing Street, e que a polícia diz estar investigando. 

Em maio de 2020 – quase dois meses depois de o Reino Unido declarar confinamento pelo coronavírus, que levou o próprio Johnson a ser hospitalizado em terapia intensiva em abril e deixou 67 milhões de britânicos sem interações sociais –, os negócios não essenciais estavam fechados, e as pessoas não podiam se locomover livremente. 

De acordo com o canal privado ITV News, o secretário particular do primeiro-ministro, Martin Reynolds, enviou um email a uma centena de funcionários, convidando-os, "depois de um período incrivelmente ocupado", para "aproveitar o bom tempo", tomando "algumas bebidas com distanciamento social em 20 de maio, em Downing Street".

"Juntem-se a nós a partir das 18h e tragam suas próprias bebidas", dizia a mensagem. Vazada para a imprensa, ela reacendeu um escândalo que o polêmico líder conservador esperava ter deixado para trás com o início do novo ano. 


De acordo com vários meios de comunicação britânicos, a festa contou com a presença de Johnson e de sua mulher, Carrie. Em 29 de abril daquele ano, ela deu à luz Wilfred, o primeiro filho do casal, que agora já tem 2 anos.

Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (10), a polícia de Londres disse estar investigando o caso.


"O serviço da Polícia Metropolitana está ciente das informações em relação às supostas infrações dos regulamentos de proteção sanitária em Downing Street em 20 de maio de 2020, e está em contato com o gabinete" para tratar disso, anunciou.

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Não é a primeira vez que o governo é acusado de contornar as restrições impostas aos britânicos.


A revelação de que até 50 funcionários de Downing Street realizaram uma festa de Natal em 18 de dezembro de 2020, e de que alguns fizeram brincadeira a respeito disso depois, levou a então porta-voz do primeiro-ministro, Allegra Stratton, a renunciar ao posto, enquanto 54% dos britânicos consideravam que Johnson também deveria deixar o cargo.

O grupo festeiro inclui deputados do Partido Conservador, ao qual o primeiro-ministro é filiado. Poucos dias depois, pelo menos cem de seus correligionários votaram contra o governo, em uma rebelião de magnitude sem precedentes, devido às novas restrições decididas para frear a propagação da variante Ômicron. 

Para tentar resolver o assunto, Johnson encomendou uma investigação interna.

"Posso entender que as pessoas estejam chateadas e irritadas com essas acusações", disse o secretário de Estado da Saúde, Ed Argar, à rede Sky News.

"É por isso que é correto que o primeiro-ministro tenha pedido que essa investigação independente seja concluída rapidamente: para determinar os fatos por trás dessas acusações", acrescentou. 

"Boris Johnson, seus desvios e distrações são absurdos", tuitou o líder da oposição, o trabalhista Keir Starmer. 

"Pare de mentir ao público britânico. É hora de confessar de uma vez", exigiu.

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