Novo pedido de impeachment de Trump deve ser apresentado na 2ª
Democratas da Câmara dos Representantes estão elaborando um novo pedido de afastamento do presidente por insurreição
Internacional|Do R7
A bancada do Partido Democrata na Câmara dos Representantes dos EUA deve apresentar um novo pedido de impeachment do presidenteDonald Trumpna próxima segunda-feira (11). A ideia seria votar o afastamento do republicano, que de todo modo deixará o cargo no dia 20, possivelmente no meio da semana que vem, segundo fontes ouvidas pela CNN norte-americana.
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Nesta sexta-feira (8), a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara, pediu que os republicanos apoiem a iniciativa ou incentivem que Trump renuncie, como o partido fez em 1974, quando foi pedida a saída do então presidente Richard Nixon, envolvido com o escândalo de Watergate.
A possibilidade de que o vice-presidente Mike Pence invoque a 25ª Emenda da Constituição, que levaria a um afastamento imediato de Trump do poder, parece estar descartada, já que Pence não se manifestou a respeito desde que apoiadores do presidente invadiram e depredaram o Capitólio, sede do Congresso, na última quarta-feira.
Caminho da insurreição
Durante uma teleconferência com outros membros do partido, Pelosi disse que o novo pedido de afastamento de Trump recebeu mais apoio interno dos democratas do que o impeachment anterior, que chegou a ser aprovado na Câmara, mas foi barrado pela maioria republicana no Senado. "O presidente escolheu o caminho da insurreição", disse ela.
O projeto pode ganhar apoio entre republicanos. O senador Ben Sasse disse, em uma entrevista de rádio, que conversou com funcionários da Casa Branca, que relataram que o presidente "estava empolgado com as cenas de caos que via na televisão" e que "não entendia como outras pessoas não estavam empolgadas como ele". O parlamentar afirmou que estava considerando a hipótese de votar a favor do impeachment.
Questionado sobre a iniciativa, o presidente eleito Joe Biden disse que o procedimento "é uma decisão que compete apenas ao Congresso".