Novos ataques no noroeste da Síria deixam pelo menos 14 mortos
Segundo a ONU, cerca de 200 mil habitantes foram obrigados a deixar suas casas por causa do aumento da violência em Idlib e Aleppo
Internacional|Da EFE
Ataques realizados nesta quarta-feira (29) pela aviação militar síria contra Idlid, um dos últimos redutos opositores ao governo no país, mataram pelo menos 13 civis.
Além dessas vítimas mortais, uma mulher também faleceu ao ser atingida por disparos de grupos opositores na província de Hama.
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O Observatório Sírio de Direitos Humanos indicou que pelo menos sete pessoas, entre elas três mulheres, morreram nos ataques aéreos da aviação militar síria na cidade de Sarja, em uma nova série de ataques na zona desmilitarizada acordada por turcos e russos em setembro.
Um homem e os três filhos morreram na cidade de Al Bara após a explosão de barris lançados contra a região, segundo a ONG. A Defesa Civil da Síria, conhecida como Capacetes Brancos e que opera em zonas fora do controle do governo, publicou no Twitter imagens de ataques de helicópteros do governo.
Em Hobait, outras duas pessoas morreram no lançamento de projéteis da aviação militar síria, informou o Observatório, que acrescentou que o número de vítimas pode aumentar.
O governo da Síria não reagiu a esta informação, embora a agência estatal Sana tenha informado que uma mulher morreu e sete civis ficaram feridos hoje depois que "um grande número de foguetes" lançados por "grupos terroristas" caíram no norte da província de Hama, que é controlada pelo regime. Esta informação foi confirmada pelo Observatório.
Ontem, o Observatório informou que 30 civis tinham morrido em ataques aéreos em Idlib e Aleppo.
Com este número, sobe para 301 o total de civis mortos em bombardeios do regime e de seu aliado, a Rússia, desde 30 de abril, data que marca o início da escalada de violência contra os redutos opositores do norte e noroeste do país.
A parte oeste da província de Aleppo, a parte norte de Hama, o litoral de Latakia e Idlib são os últimos redutos insurgentes na Síria.
Idlib está praticamente dominada pela Organização pela Libertação do Levante e se tornou o principal alvo do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Nesta província, fronteira com a Turquia e onde vivem entre 2,5 e 3 milhões de pessoas, mais de 200 mil habitantes foram obrigados a deixar suas casas por causa do aumento da violência dos dois lados na primeira quinzena de maio, segundo informou a Organização das Nações Unidas (ONU).