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Número de mortes de golfinhos na França bate recorde e ameaça a sobrevivência da espécie

Animais vêm morrendo nas redes de pesca, e cientistas estão muito preocupados

Internacional|Do R7

Golfinhos mortos são usados em protesto em Nantes, na França, na sexta-feira (24)
Golfinhos mortos são usados em protesto em Nantes, na França, na sexta-feira (24)

Golfinhos mortos estão aparecendo na costa atlântica da França em números tão grandes que a população local desses mamíferos está em risco, segundo a bióloga marinha Morgane Perri, do arquipélago francês de Brittany.

A esmagadora maioria se afogou nas redes de pesca usadas para arrastões. As autópsias mostram fraturas, caudas e barbatanas quebradas, além de cortes profundos feitos pelas redes. Alguns foram mutilados quando soltos pelos pescadores.

"Estamos chegando a taxas de mortalidade que ameaçam a sobrevivência da população de golfinhos na baía de Gascony. Nos últimos três anos, vimos mais de 1.000 mortes, entre golfinhos e botos, durante um período de quatro meses a cada inverno", diz Perri.

Os golfinhos comuns são os mais atingidos. Cientistas acreditam que aqueles encontrados nas praias representam um pequena fração do número total de mortes nas redes pesqueiras da costa da França. Acredita-se que o número real seja dez vezes maior.


Golfinhos foram pegos em redes europeias no Atlântico por décadas. No entanto cientistas da Marinha disseram que o recente pico nos números é resultado da evolução das práticas de pesca, em particular das embarcações de pesca que procuram capturar o robalo.

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A lei francesa exige que os pescadores declarem todas as capturas de cetáceos. Mas Perri disse que isso raramente acontece. O Comitê Nacional de Pescadores Marítimos não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.


As baixas taxas de reprodução dos golfinhos, que são mamíferos e precisam emergir para respirar, significa que eles estão bastante sujeitos ​​a grandes quedas no número de nascimentos, de acordo com o Observatório Pelagis, em La Rochelle.

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Os modelos populacionais mostram que os números estão estáveis, disse Helene Peltier, pesquisadora do observatório. "Mas quando você vê o declínio é tarde demais."


O grupo ativista Sea Shepherd quer que os arrastões sejam proibidos de pescar nos locais de desova do robalo e melhor monitoramento da pesca. Pingers acústicos (dispositivos que emitem sons) projetados para repelir golfinhos também estão sendo testados em alguns barcos de pesca.

"Não existe uma solução milagrosa única", disse Peltier.

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