Número de mortos em protestos na fronteira com o Brasil sobe para 6
O indígena Rolando García morreu em Boa Vista, Roraima; ele foi uma das 50 pessoas baleadas em confronto entre população e militares da Venezuela
Internacional|Da EFE
Organizações de direitos humanos informaram neste sábado (2) que uma pessoa ferida durante os protestos da última na semana na fronteira entre Venezuela e Brasil não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
O Foro Penal Venezuelano, associação de advogados que lidera a defesa de pessoas consideradas como "presos políticos" pelo regime de Nicolás Maduro, informou neste sábado que o indígena Rolando García morreu após passar uma semana no hospital.
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"Rolando é o sexto morto por tiros recebidos entre 22 e 23 de fevereiro. É o quarto indígena", afirmou no Twitter o diretor do Foro Penal Venezuelano, Alfredo Romero.
O Programa Venezuelano de Educação-Acação em Direitos Humanos (Provea) explicou que a vítima, que trabalhava como guia turístico no sul da Venezuela, morreu em Boa Vista, no Estado de Roraima, onde recebia atendimento médico desde os confrontos do último sábado.
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"Rolando tinha sido ferido por soldados da Força Armada Nacional Bolivariano, responsáveis por um massacre", disse a organização.
O Provea afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, são os responsáveis por liderar um massacre na fronteira com o Brasil, que terminou com seis mortos, quatro deles indígenas, e mais de 50 baleados.
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Os soldados leais a Maduro responderam com violência à tentativa da oposição de tentar levar ajuda humanitária ao país, requisitada pelo autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó.
Até o momento, o governo da Venezuela não se pronunciou sobre o número de mortos ou feridos na região da fronteira com Roraima.
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