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‘O futuro é nosso’, diz líder rebelde, Mohammed al-Jolani, após tomar Damasco

Ele prometeu dar continuidade à luta iniciada durante a Primavera Árabe, em 2011

Internacional|Do R7, em Brasília

Mohammed al-Jolani, líder da milícia jihadista Hayat Tahrir al Sham
Mohammed al-Jolani, líder da milícia jihadista Hayat Tahrir al Sham Reprodução

Em sua primeira aparição pública depois que forças rebeldes tomaram Damasco, o líder Abu Mohammed al-Jolani afirmou que não há volta atrás e disse que seu grupo está comprometido a continuar a jornada iniciada em 2011, durante a Primavera Árabe.

“O futuro é nosso”, declarou, em mensagem transmitida pela TV síria, neste domingo (8).

Já a agência de notícias estatal russa informou que o ex-ditador sírio, Bashar al-Assad, estaria em segurança com sua família em Moscou. Havia especulações de que seu avião poderia ter sido abatido, após ele ter deixado o país.

Al-Jolani, antes uma figura enigmática, agora emerge como destaque, concedendo entrevistas à mídia internacional e aparecendo em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, após ter removido o controle do governo pela primeira vez desde o início da guerra civil.


Desde que cortou laços com a Al-Qaeda, em 2016, al-Jolani tem tentado se apresentar como um líder mais moderado, apesar de analistas e governos ocidentais ainda classificarem o grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) como uma organização terrorista.

O HTS, sob a liderança de al-Jolani, intensificou seus esforços nas últimas semanas para derrubar o regime de Bashar al-Assad. A ofensiva, que começou em novembro, resultou na tomada de várias cidades importantes, representando um dos avanços mais significativos desde o início do conflito civil, há 13 anos.


As hostilidades entre o HTS e o regime de Assad remontam a 2017, mas têm raízes profundas no embate entre o regime sírio e a frente al-Nusra, predecessora do HTS. Afiliada à Al-Qaeda, a frente al-Nusra emergiu em 2012 como uma das principais forças da oposição armada durante a guerra civil.

Hostilidades contra Assad

Com a formação do HTS, incorporando a frente al-Nusra e outros grupos jihadistas menores, a hostilidade contra Assad continuou, especialmente na região de Idlib. Abu Mohammed al-Jolani, agora um líder proeminente da aliança rebelde islamista, adaptou sua abordagem para alcançar seus objetivos.


À frente do HTS, que se originou a partir da Al-Qaeda na Síria, al-Jolani afirma que a meta principal da ofensiva é derrubar o regime de Assad. Em entrevista à CNN, afirmou: “Nosso objetivo continua sendo derrubar este regime. Temos o direito de usar todos os meios disponíveis para alcançar essa meta”.

Al-Jolani trocou o turbante típico dos jihadistas por roupas militares. Na quarta-feira, foi visto em Aleppo saudando a multidão vestido com camiseta e calça cáqui.

Essa transição para uma figura pública simboliza a contínua evolução do HTS na luta pelo controle da Síria.

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