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'O mundo desabou pela segunda vez', afirma filho de refém israelense morta em Gaza

Jovem perdeu a casa em ataque, mas conseguiu fugir com a esposa e filha; o pai foi assassinado, e o corpo da mãe, encontrado agora

Internacional|Do R7

Zemer e Omer, nora e filho de Yehudit Weiss, refém assassinado pelos terroristas do Hamas
Zemer e Omer, nora e filho de Yehudit Weiss, refém assassinado pelos terroristas do Hamas

Quando os terroristas do Hamas invadiram o kibutz em que Omer Weiss morava, no sul de Israel, no dia 7 de outubro, mataram seu pai e sequestraram sua mãe. Na última quinta-feira (16), o Exército de Israel o procurou para informar que a mulher tinha sido encontrada, morta. Yehudit Weiss, de 65 anos, estava entre os quase 240 reféns presos pelos milicianos e levados para a Faixa de Gaza, segundo as autoridades israelenses.

Depois que sua casa no kibutz de Beeri foi destruída, Weiss, a esposa e sua pequena filha passaram a morar com amigos, na cidade costeira de Netanya.

"Os militares bateram na porta, e eu entendi imediatamente", declarou, sem conter as lágrimas. "Eles entregaram o aviso [da morte da mãe], e o mundo desabou pela segunda vez."

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Na quinta à noite, o Exército anunciou ter encontrado o corpo de Yehudit Weiss perto do hospital Al-Shifa, da cidade de Gaza, e afirmou que ela tinha sido assassinada por terroristas do Hamas.


Esta não foi a primeira vez que bateram à porta de Omer Weiss. Há cinco semanas, as autoridades compareceram para informar que seu pai, Shmulik, estava morto.

O kibutz onde seus pais moravam ficava a apenas 4 km da fronteira de Gaza e foi destruído pelo ataque: 85 residentes morreram, e 30 foram levados como reféns ou estão desaparecidos.

No ataque de 7 de outubro, o mais letal da história de Israel, os terroristas que tomaram o poder de parte do território palestino mataram 1.200 pessoas, na maioria civis, segundo as autoridades israelenses.

Weiss trabalha na gráfica do kibutz. O jovem afirma que ele e sua família só sobreviveram ao massacre porque os combatentes não os seguiram até sua casa. "Foi como um jogo de roleta-russa. Meus pais tiveram azar, e nós tivemos sorte."

Ele e Zemer, sua mulher, ao lado da filha de 2 anos, abriram caminho até um ônibus lotado e conseguiram escapar. Mas ainda é difícil esquecer as imagens de sua fuga. "Carros queimados com corpos dentro, e muitos corpos espalhados pela estrada", relata.

O ônibus, explica, chegou a passar por cima de alguns cadáveres. "Era a única maneira de sair."

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Depois de receber a notícia da morte do pai, um mecânico de 65 anos, Weiss e os irmãos se agarraram à expectativa de ver a mãe novamente. "Ainda tínhamos a esperança de que mamãe voltaria e poderíamos chorar por meu pai juntos", disse.

Eles não tinham notícias dela desde o dia em que os reféns foram levados para Gaza, assim como acontece com outras famílias. "Nós suportamos 40 dias sem nenhuma informação sobre mamãe", lamenta.

O funeral de Yehudit, uma ex-enfermeira, será neste domingo (19) perto de Netanya, onde ela será sepultada ao lado do marido, em um túmulo temporário. Os filhos desejam, um dia, conseguir sepultá-los em Beeri, se o kibutz for reconstruído.

Mas, antes, Omer espera que os reféns sejam resgatados. "Nosso coração está com as famílias dos sequestrados", declara. "Procuramos ajuda da Cruz Vermelha, dos Médicos sem Fronteiras, de organizações dos direitos humanos", afirma o homem, que também diz ter escrito para o Exército e o governo de Israel e para representantes da União Europeia e dos Estados Unidos.

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