O que é ‘karoshi’ e como a premiê do Japão reacendeu o debate sobre jornada de trabalho
Morte por excesso de trabalho volta à discussão após primeira-ministra marcar uma reunião de madrugada
Internacional|Do R7
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Após agendar uma reunião às 3h da manhã, Sanae Takaichi, primeira-ministra do Japão, revelou que dorme de duas a quatro horas por noite, gerando preocupações sobre sua saúde. O caso reacendeu debates sobre sobrecarga e o aumento dos casos de “karoshi”, termo usado para descrever mortes relacionadas ao trabalho no país.
Quando foi eleita, em outubro deste ano, Takaichi prometeu trabalhar intensamente, mesmo que precisasse deixar o emprego interferir na vida pessoal. “Durmo cerca de duas horas agora, quatro horas no máximo. Sinto que isso faz mal para minha pele”, disse a premiê.
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As falas de Takaichi aumentam o temor dos japoneses de que o governo possa estimular ainda mais horas extras de trabalho para impulsionar o crescimento econômico. O Japão é conhecido pelas jornadas intensas, responsáveis por aumentar os casos de morte por desgaste.
A carga horária também pode ser responsável por dificultar que casais contribuam para aumentar a taxa de natalidade do país, já que estão cansados ou ocupados na maior parte do tempo.
Yoshihiko Noda, ex-primeiro-ministro, disse que não há problema em Takaichi querer trabalhar de madrugada, mas ela não deveria envolver outras pessoas. Ele descreveu a reunião como “muito triste” para a líder.
No dia 21 de outubro, a conservadora Sanae Takaichi, de 64 anos, se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na história do Japão. Durante a campanha eleitoral, ela disse que queria ser a Dama de Ferro.
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