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Obama volta à vida política e faz primeiro discurso criticando Trump

A conversa com os universitários foi tratada como uma prévia para as campanhas para a eleição de meio de mandato que acontecem em novembro

Internacional|Beatriz Sanz, do R7, com agências internacionais

Obama deve participar da campanha política
Obama deve participar da campanha política

Desde que o Partido Democrata foi derrotado nas eleições de 2016, o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama se afastou da política. Seguindo uma tradição, evitou criticar seu substituto no cargo, Donald Trump. Mas o período de recessão acabou nesta sexta-feira (7), na Universidade de Illinois em Urbana e Champaign.

O ex-presidente fez um discurso para os alunos da instituição onde não poupou críticas ao Partido Republicano e nem a Trump, que segundo ele estaria "capitalizando o ressentimento de políticos".

Obama deixou claro que o principal instrumento político do governo Trump é o medo.

"[Trmp está] Apelando para o medo, colocando um grupo contra o outro, dizendo às pessoas que a ordem e a segurança não seriam restauradas por aqueles que não se parecem conosco, ou não falam como nós, ou não rezam como nós — esse é um velho manual, é antigo como o tempo", disse Obama.


"Não começou com Donald Trump. Ele é um sintoma, não a causa".

A conversa com os universitários foi tratada como uma prévia para as campanhas para a eleição de meio de mandato que acontecem em novembro deste ano e das quais Obama deve participar ativamente.


Sobre os congressistas republicanos, Obama fez um lamento: "as políticas de ressentimento e paranóia infelizmente encontraram um lar no Partido Republicano".

A porta-voz do Comitê Nacional Republicano, Ellie Hockenbury rebateu as críticas de Obama. "2016 acabou, mas o presidente Obama ainda está pensando nos milhões de eleitores em todo o país que rejeitaram a continuação de suas políticas em favor do plano do presidente Trump para cortes históricos de impostos, novos empregos e crescimento econômico".


Além disso, Obama também criticou a postura que Trump adotou em situações críticas como durante a Marcha de Charlottesville, no ano passado.

"Quão difícil isso pode ser dizer que os nazistas são maus?" indagou Obama.

Ele também tratou de temas atuais, como o artigo de opinião do The New York Times que foi escrito por um funcionário do alto escalão do governo que denunciou a existência de uma “resistência” às políticas de Trump.

"E, a propósito, a idéia de que tudo vai dar certo, porque há pessoas dentro da Casa Branca que secretamente não estão seguindo as ordens do presidente", declarou Obama. "Estou falando sério aqui. Não é assim que nossa democracia deve funcionar."

O retorno de Obama à política já era muito esperado pelos democratas. Em seu primeiro discurso da volta, o ex-presidente incitou os jovens a votar.

"Em dois meses, temos a chance de restaurar alguma aparência de sanidade para nossa política. Há apenas um controle sobre os abusos de poder, e é você e seu voto."

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