Odebrecht: juiz mexicano ordena prisão de ex-diretor da Pemex
Ordens de captura foram emitidos para Emilio Lozoya, sua esposa, sua mãe e irmãs por suposto esquema de suborno com empreiteira brasileira
Internacional|Da EFE
Um juiz mexicano emitiu ordens de captura contra o ex-diretor da estatal Petróleos Mexicanos (Pemex), Emilio Lozoya, sua esposa, sua mãe e irmãs pela suposta vinculação com o caso Odebrecht no país, segundo informou nesta sexta-feira (5) a Procuradoria Geral da República do México.
"A Procuradoria Geral da República obteve de um juiz de controle as ordens de apreensão solicitadas no caso Odebrecht contra Emilio 'L', Marielle 'E', Gilda 'A', Gilda 'L' e Nelly 'A'", afirmou o organismo em comunicado.
A instituição afirmou que estes supostos implicados "contam com uma ficha vermelha da Interpol com relação a crimes provavelmente cometidos" no caso de subornos da construtora brasileira e que envolveria a companhia petrolífera estatal mexicana Pemex.
Leia também
A procuradoria disse que apresentou ao juiz de controle "todos os elementos de comprovação necessários para obter o resultado legal favorável aos interesses da federação".
Lozoya, que está em paradeiro desconhecido, é investigado por supostamente ter recebido US$ 10 milhões em subornos da Odebrecht.
Além disso, o ex-diretor da Pemex entre 2012 e 2016, durante a presidência de Enrique Peña Nieto, é investigado por ter intermediado para que a empresa espanhola OHL ganhasse contratos elétricos no valor de US$ 477 milhões.
Com o dinheiro recebido neste esquema, Lozoya teria comprado em 2012 uma luxuosa residência na capital mexicana.
Paralelamente, no último dia 25 de maio, um juiz ordenou a detenção de Lozoya por sua suposta participação na compra e venda irregular de uma fábrica de adubos enquanto dirigia a companhia petrolífera estatal.
Por sua parte, Peña Nieto (2012-2018) foi investigado, segundo informou recentemente o jornal "Reforma", pelo suposto financiamento da Odebrecht à sua campanha presidencial, mas recentemente a procuradoria afirmou que os supostos ilícitos prescreveram.