Ômicron leva hospitais britânicos a abrir leitos temporários
Estruturas que podem acomodar cem pacientes serão instaladas nesta semana, e a expectativa é atender até 4.000 pessoas
Internacional|Do R7
Os hospitais britânicos, "em pé de guerra" contra a variante Ômicron do coronavírus, vão implantar estruturas temporárias com até 4.000 leitos adicionais para se preparar para uma possível onda de receita, anunciaram os serviços de saúde nesta quinta-feira (30).
O Reino Unido vem registrando aumento de casos de infecções há dias, um boom associado à variante Ômicron, e o número de pacientes hospitalizados com Covid-19 na Inglaterra na quarta-feira (29) ultrapassou 10 mil pela primeira vez desde março.
"Estruturas temporárias que podem acomodar cem pacientes serão instaladas em oito hospitais e começarão a funcionar a partir desta semana", anunciou o Serviço Nacional de Saúde (NHS) da Inglaterra em nota.
O NHS também solicitou aos hospitais que identificassem "espaços como ginásios ou centros de educação que podem ser convertidos em acolhimento de doentes" com vista à criação de até 4.000 leitos.
Essas capacidades provisórias devem fortalecer o sistema "se o número de infecções por Covid-19 levar a um aumento nas admissões e exceder as capacidades existentes", acrescentou.
"Dado o alto nível de infecções por Covid-19 e o aumento das internações hospitalares, o NHS está atualmente no caminho da guerra", afirmou Stephen Powis, diretor médico do serviço de saúde, no comunicado.
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Durante a primeira onda de coronavírus, o NHS implantou enormes hospitais de campanha em centros de conferências e estádios, embora essas estruturas mal estivessem em serviço devido à falta de pessoal hospitalizado.
Até agora, o governo Boris Johnson evitou impor novas restrições na Inglaterra, contando com estudos que indicam menor risco de hospitalização com Ômicron.
No entanto, cientistas alertam que seu alto índice de contagiosidade pode acabar causando uma onda de receita igualmente importante.
O Reino Unido registrou na quarta-feira um novo recorde de mais de 180 mil casos em 24 horas.