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ONU afirma que está sendo forçada a tomar uma decisão 'terrível' por conta de Talibã

O regime autoritário voltou a proibir que mulheres afegãs trabalhem com a instituição, o que força a avaliação de novas opções

Internacional|Do R7

Governo talibã proibiu que mulheres afegãs trabalhem para ONU
Governo talibã proibiu que mulheres afegãs trabalhem para ONU

A ONU se vê obrigada a tomar uma "decisão terrível" sobre a continuidade de suas operações no Afeganistão, depois que o governo talibã proibiu as mulheres afegãs de trabalhar para a organização, anunciou a Missão das Nações Unidas no país.

"Com essa proibição, as autoridades talibãs pretendem forçar, de fato, a ONU a tomar uma decisão terrível, entre permanecer e oferecer ajuda ao povo afegão ou respeitar as normas e princípios a que estamos obrigados", afirmou a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) em um comunicado.

A ONU anunciou em 4 de abril que o regime do Talibã proibiu as afegãs de trabalhar para a organização. As funcionárias das Nações Unidas haviam sido poupadas das medidas adotadas contra as ONGs.

A diretora da UNAMA, Rosa Otunbayeva, recomendou uma análise do funcionamento das atividades da ONU no Afeganistão, que devem seguir até 5 de maio de 2023, segundo o comunicado.


"Durante esse período, a ONU no Afeganistão fará todas as consultas necessárias, fará os ajustes operacionais necessários e vai acelerar a preparação de alternativas para todos os resultados possíveis", afirma a nota.

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"Deve ficar claro que qualquer consequência negativa desta crise para o povo afegão será responsabilidade das autoridades de fato", acrescentou o texto.

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