ONU critica silêncio de líderes após 103 mortes por bombas na Síria
Entidade condenou indiferença da comunidade internacional em relação a bombardeios. Comissária lembrou que ataques vêm atingindo civis
Internacional|Da EFE
Um total de 103 pessoas, entre elas 26 crianças, morreram em bombardeios realizados pelo Exército da Síria e de seus aliados nos últimos dez dias em Idlib e Aleppo (noroeste do país), informou nesta quinta-feira as Nações Unidas, que além disso criticou o silêncio da comunidade internacional em relação a estes fatos.
"Estes ataques aéreos aconteceram em meio a uma aparente indiferença internacional", criticou em comunicado a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.
A alta comissária advertiu também que apesar dos pedidos da ONU para que estes ataques não atinjam alvos civis "o governo sírio e seus aliados continuaram atacando instalações médicas, colégios e outras infraestruturas como mercados e padarias".
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A ex-presidente do Chile lembrou que os ataques contra civis são crimes de guerra e que portanto "aqueles que os realizam são criminalmente responsáveis por suas ações".
Bachelet lembrou que desde 2011 morreram "centenas de crianças, mulheres e homens, tantos que não é possível dar uma estimativa crível da quantidade, e que nos primeiros anos do conflito o mundo mostrava uma preocupação considerável, mas agora a resposta parece ser um encolhimento de ombros coletivo".
"Este é um fracasso da liderança por parte das nações mais poderosas do mundo, o que reflete em uma tragédia enorme", expressou a alta comissária para os Direitos Humanos da ONU.