Logo R7.com
Logo do PlayPlus

ONU estima que uma em cada quatro casas em Gaza foi destruída ou danificada

Segundo a organização, número divulgado é uma hipótese otimista, já que muitas áreas estão inacessíveis na Palestina

Internacional|Do R7

Bombardeios destruíram edifícios e casas em Gaza
Bombardeios destruíram edifícios e casas em Gaza

Mais de 98 mil unidades residenciais em Gaza, representando aproximadamente uma em cada quatro do total na Faixa palestina, foram destruídas ou danificadas na atual ofensiva de Israel contra o grupo terrorista Hamas, afirmou nesta quinta-feira (19) o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

No seu relatório diário sobre a situação na área desde os atentados terroristas de 7 de outubro, o escritório da ONU frisa que essa estimativa é conservadora, uma vez que o acesso às zonas gravemente atingidas pelos bombardeios é impossível, especialmente na Cidade de Gaza, capital desse território palestino.

Apenas na noite de 17 para 18 de outubro, um edifício residencial foi destruído em Al Bureij (centro de Gaza), onde morreram 25 pessoas, e vários outros sofreram o mesmo destino em Jabalia (norte da Faixa), onde foram registradas 37 mortes, segundo as Nações Unidas.

A coordenação humanitária da ONU contabiliza ainda, com base em dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), 59 ataques a instalações sanitárias, com 491 mortos (entre eles 471 no hospital Al Ahli Arab, atingido por um míssil na terça-feira, 17).


Além disso, 170 instalações educativas foram danificadas, incluindo 20 utilizadas pela Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), bem como um edifício universitário, sete igrejas e 11 mesquitas.

Depois do ataque ao hospital Al Ahli Arab, um dos piores sofridos por um centro de saúde no mundo nos últimos anos, as Nações Unidas aumentaram o número de mortos em Gaza desde 7 de outubro para 3.478, dos quais 853 crianças, e cifraram os feridos em 12.500.


Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp

Compartilhe esta notícia no WhatsApp


Compartilhe esta notícia no Telegram

A esses se somam cerca de 1.400 mortos e 4.562 feridos em Israel (quase todos nos ataques terroristas de 7 de outubro) e 64 mortos (18 dos quais crianças) e 1.284 feridos na Cisjordânia, em ataques das forças israelenses ou em confrontos com colonos.

As ordens de Israel para que os habitantes do norte de Gaza se deslocassem para o sul da Faixa causaram o deslocamento de mais de 1 milhão de pessoas, das quais em torno de 513 mil estão alojadas em instalações da UNRWA.

Cerca de 14 trabalhadores da UNRWA morreram desde 7 de outubro devido às hostilidades, bem como oito pessoas que se refugiaram nas suas instalações, destacou a agência em um comunicado, denunciando 32 ataques aos seus edifícios por parte das forças de defesa israelenses.

“Os abrigos da UNRWA estão saturados, com fornecimentos limitados de alimentos, água potável e artigos de higiene. As condições extremas, juntamente com o trauma da guerra, começaram a alimentar tensões entre os deslocados”, advertiu a organização.

Leia também

Cerca de 3.000 toneladas de ajuda humanitária continuam à espera que as organizações humanitárias possam entrar pela passagem de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, que permanece fechada, assim como as que ligam a Faixa ao território israelense em Erez e Kerem Shalom.

As Nações Unidas recordam ainda que Gaza já passou oito dias consecutivos sem eletricidade e que água corrente só pode ser obtida em Khan Younis, no sul da Faixa, área para onde as forças israelenses ordenaram a concentração da evacuação.

De acordo com o PAM (Programa Alimentar Mundial) das Nações Unidas, há suprimentos de alimentos na Faixa para apenas duas semanas, embora muitos deles estejam armazenados na Cidade de Gaza, de difícil acesso devido às hostilidades, enquanto os mantimentos nos mercados e feiras podem acabar antes do fim desta semana.

O relatório da ONU destaca também que mais de 4.000 trabalhadores de Gaza permanecem bloqueados em Israel desde 7 de outubro, sendo que alguns deles foram detidos pelas autoridades israelenses e outros transferidos para vários abrigos na Cisjordânia.

Por que a passagem de Rafah é tão importante na guerra de Israel contra o Hamas?

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.