ONU pede provas de que filha do emir de Dubai continua viva
Latifa Al Maktoum disse em gravação que está sendo mantida em cativeiro em vila depois de ter tentado fugir do país em 2018
Internacional|Da EFE
O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu nesta sexta-feira para que as autoridades de Dubai apresentem provas de que a princesa Latifa Al Maktoum, uma das filhas do emir, continua viva, após ter denunciado que está em cativeiro em uma vila e teme pela própria vida depois de ter tentado fugir do país em 2018.
"Estamos preocupados ao ver a perturbadora evidência em vídeo que chegou nesta semana e pedimos mais informações e clareza sobre sua situação atual", declarou em entrevista coletiva a porta-voz da entidade, Liz Throssell.
Os vídeos da filha de Mohammed bin Rashid al Maktoum, emir de Dubai, além de vice-presidente e primeiro-ministro dos Emirados Árabes, foram gravados em 2019 e divulgados na terça-feira passada pela emissora BBC.
A princesa, de 35 anos, que permanece em prisão domiciliar há quase três anos, gravou esses vídeos em sigilo ao longo de vários meses, mas as comunicações foram interrompidas, de acordo com a emissora.
"Dadas as nossas sérias preocupações com a princesa, pedimos que a resposta do governo seja um assunto prioritário e esperamos recebê-la logo", afirmou Throssell.
Em 24 de fevereiro de 2018, a princesa embarcou em um bote com Tiina Jauhiainen, que tinha sido sua instrutora de artes marciais, e navegaram para águas internacionais, onde um iate com bandeira dos EUA as aguardava.
Oito dias depos, em frente ao litoral da Índia, o barco foi atacado por "comandos" que usaram granadas de fumaça, apontaram armas às duas mulheres e devolveram Latifa a Dubai. Desde então, não houve notícias sobre Latifa.