Opas critica relaxamento antes da covid-19 recuar nas Américas
OMS divulgou que as Américas têm 2,45 milhões de casos de infecção, quase 500 mil a mais que a Europa. Além disso, são 143,7 mil mortes
Internacional|Da EFE
A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne, criticou nesta terça-feira (26) o relaxamento de medidas nas Américas para conter a pandemia da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
"Não há tempo para distrações", disse a responsável pelo braço da Organização Mundial de Saúde (OMS) na região.
Hoje, a OMS divulgou que as Américas têm 2,45 milhões de casos de infecção, quase 500 mil a mais que a Europa. Além disso, são 143,7 mil mortes.
"Nossa região se converteu no epicentro da Covid-19. Na América do Sul, há uma preocupação particular, pelo número de casos registrados no Brasil, que é o mais alto desde o começo da pandemia. No Peru e Chile, além disso, há uma alta incidência", afirmou Etienne.
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A diretora da Opas garantiu que não é o momento para relaxar as restrições de contenção ao novo coronavírus, pediu para que autoridades e população sigam vigilantes e que sejam aplicadas de maneira agressiva as medidas de saúde pública.
"Sabemos o que funciona. Devemos continuar com esse conhecimento", garantiu.
O brasileiro Jarbas Barbosa, que é subdiretor da Opas, cobrou que as medidas de distanciamento social sejam mantidas, principalmente, para evitar que os sistemas de saúde sejam sobrecarregados pelos casos de Covid-19.
"É necessário, também, ampliar a capacidade de fazer testes e de rastrear os contatos dos pacientes", detalhou.
A Opas, além disso, cobrou que haja transparência nos números de casos, mortos e hospitalizados, para que seja possível entender o panorama de cada país e para que as medidas adotadas sejam as mais adequadas.