Oposição de Belarus denuncia sequestro de outro líder
Opositores alegam que Maxim Znak foi capturado hoje no trabalho e levado para um local desconhecido. Autoridades dizem desconhecer relato
Internacional|Da EFE
A oposição de Belarus denunciou nesta quarta-feira (9) o sequestro, por pessoas encapuzadas, do jurista Maxim Znak, membro do Conselho de Coordenação (CC) para a transferência pacífica do poder no país.
De acordo com a campanha do ex-banqueiro preso Viktar Babaryka, que pretendia disputar a presidência com Alexander Lukashenko nas últimas eleições, Znak foi capturado hoje pela manhã em seu gabinete e levado para um local desconhecido.
O Ministério do Interior de Belarus afirmou que, por enquanto, não há informações sobre a situação de Znak.
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Até hoje, dos sete membros do CC, apenas a vencedora do Prêmio Nobel de Literatura, Svetlana Alexievich, foi libertada; os outros seis estão detidos ou fora do país.
"Exijo a libertação imediata de Maxim Znak, que foi preso ou, melhor, sequestrado hoje. Os métodos usados pelas chamadas autoridades são ultrajantes", escreveu em seu canal no Telegram, a líder da oposição, Svetlana Tijanovskaya, que está no exílio.
Ela também exigiu a libertação de Sergei Dydlevski e Maria Kolesnikova, ambos do CC.
Sequestro em Minsk
O caso Kolesnikova, a figura mais carismática da oposição, foi o mais notório de todos.
A opositora, segundo seus colegas, foi sequestrada na última segunda-feira (7) em Minsk e levada na madrugada de ontem à fronteira com a Ucrânia para ser expulsa do país, mas rasgou seu passaporte para que o país vizinho não pudesse recebê-la.
"Não há dúvida de que (o presidente Alexander) Lukashenko tem medo de negociar e tenta assim paralisar o trabalho do Conselho Coordenador e intimidar seus membros", escreveu Tijanovskaya, que se considera a vencedora das eleições presidenciais.