Oposição venezuelana diz que chefe de campanha de Maria Corina foi presa
Nas redes sociais, María Oropeza defende que Nicolás Maduro perdeu as eleições de 28 de julho; governo não se manifestou
Internacional|Do R7, em Brasília
A líder da oposição na Venezuela, Maria Corina, afirmou nas redes sociais que sua chefe de campanha, María Oropeza, foi presa na noite dessa terça-feira (6). Segundo a postagem, o governo teria levado a mulher à força para um lugar desconhecido. “Eu peço a todos, dentro e fora da Venezuela, que peçam sua soltura imediata”, disse a oposicionista. María Oropeza é responsável pelo ConVzla, o Comando Nacional de Campanha de Corina, no estado de Portuguesa. O país vive uma instabilidade depois da divulgação o resultado das eleições do dia 28 de julho, já que candidatos contrários questionam a vitória de Nicolás Maduro.
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O Comitê de Direitos Humanos, do partido coordenado por Corina, confirmou a prisão e afirmou que os agentes teriam agido sem uma ordem judicial. “Alertamos a comunidade internacional para esta situação. O regime é responsável por sua integridade física”, disse a publicação.
María Oropeza seria responsável por “unir e organizar os cidadãos de seu estado”. Ela é descrita como uma jovem valente e generosa. Até o momento, o governo venezuelano não se pronunciou sobre a situação.
Entenda
No último dia 29, o presidente Nicolás Maduro foi proclamado vencedor das eleições pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão venezuelano responsável pelo pleito. Porém, o resultado é contestado pela comunidade internacional e oposição a Maduro. O também candidato Edmundo González, principal nome contrário ao chavista, reivindica vitória e diz ter recebido 73% dos votos.
Em comunicado conjunto, os governos do Brasil, México e Colômbia citaram “controvérsias sobre o processo eleitoral” e pediram aos agentes venezuelanos “cautela” para evitar o agravamento da situação no país. No documento, os três países pediram, ainda, a publicação dos dados eleitorais completos das atas de votação. “O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados”, destacam os países.
Mais de mil pessoas foram presas em protestos contra Maduro e 23 mortes foram confirmadas até essa terça-feira (7).